Nada deve ter provocado mudanças tão profundas e tão rápidas na sociedade humana como a televisão. Tem tão pouco tempo que o televisor chegou aos nossos lares e como ele mudou a nossa maneira de viver! Mesmo quem não tem televisor, mas tem “televisinho” tem sido afetado pela “telinha”. Até mesmo, as pessoas que fogem do televisor, como o diabo foge da cruz, têm sido afetado por ele, de maneira consciente ou inconsciente. Nada tem um poder de massificar tanto como a televisão. Apesar de tudo, é necessário que se diga que a televisão não é boa nem ruim. Bom ou ruim é o uso que se faz dela. Ela é como a energia nuclear ou a aviação: pode fazer bem ou pode matar.
É interessante notar como a Bíblia já previa o surgimento da televisão, no livro do Apocalipse, escrito há quase dois mil anos atrás. É verdade. No capítulo 11 daquele livro é feita menção a dois personagens cujos corpos mortos serão vistos por “vários povos, e tribos e línguas e nações”, o que somente seria possível com a ajuda da televisão ou de algo semelhante.
O poder da televisão reside de fato de que ela atinge, simultaneamente, os sentidos da visão e da audição, o que nos tona muito vulneráveis às mensagens que ela veicular. Se as pessoas que as dirigem trabalharem com competência, terão acesso à nossa mente, sem que saibamos como e sem que tenhamos condições de nos defender. É por isso que os bons profissionais da televisão são tão bem pagos. Eles são dominadores de mentes. E como dominam!
Se em qualquer lugar do mundo são necessários bom discernimento e grande força de vontade para se usar bem a televisão, no Brasil essas coisas são muito mais necessárias. Ocorre que, aqui, os donos e os dirigentes das emissoras de televisão são pessoas de notório antagonismo com os princípios cristãos. De maneira sutil, mas persistente as novelas, os filmes e até os comerciais combatem os valores morais, a família, enfim, tudo o que há de mais sagrado para a saúde espiritual de nosso povo. Em nome da defesa dos direitos individuais, conseguiram abolir qualquer censura ao que se apresenta nos programas, e não perdem tempo agredindo a pureza e a boa formação de nossos filhos. Cinicamente dizem que as pessoas veem na televisão aquilo que querem, mas eles sabem que as coisas não são bem assim. Trabalham de maneira a aguçar ao máximo a curiosidade dos adultos, de forma a prender a atenção desses, quanto mais das crianças!
Em grande parte, os pais são os culpados pelo estrago que a televisão está produzindo na formação moral e espiritual de seus filhos, uma vez que, por um comodismo criminoso, deixam que a televisão tome conta deles. A televisão é uma babá que, aparentemente, custa barato. Na verdade, é um barato que sai caro porque a conta virá mais tarde, na forma de filhos desajustados, cópias fúteis dos piores personagens dos programas que são apresentados.
Como dissemos no princípio, o televisor, o aparelho em si, não é bom nem é mau. Há poucos programas de televisão que são bons, mas há. Graças a Deus, o número de programas evangélicos tem crescido constantemente e já há até canais de televisão evangélicos. Resta saber até que ponto nós estamos dando valor a esses programas e canais, assistindo-os e divulgando-os. Outra coisa que precisamos fazer é orar pelas igrejas e pelos líderes que estão, com grande esforço, atuando nessa área. Precisamos orar para que mais programas e canais sadios surjam. Oremos também para que o Senhor converta o coração de nossas autoridades e das pessoas que dirigem e atuam nos programas e canais seculares. Que bênção a televisão ainda pode ser para o nosso povo se estiver nas mãos certas! Oremos sim, por isso. Que Deus tenha misericórdia de nós e de todo o povo brasileiro.