Quando Jesus voltar, você vai ficar alegre? Bem, quem já conhece esse “peguinha” evangélico responde: “Não. Quando Jesus voltar, eu não vou ficar alegre, eu vou subir alegre”.
Mas, de fato, quantos cristãos estão realmente esperando Jesus? Dizer que vai subir alegre é uma coisa. Estar realmente preparado para encontrar o Senhor é outra coisa.
Para ter uma ideia, a primeira vinda de Jesus, seu nascimento, estava previsto nas escrituras, essas previsões eram lidas constantemente nos templos, o povo de Israel dizia ser aquela a sua maior esperança e, no entanto, quando ele nasceu, poucas pessoas estavam realmente esperando. A maioria dos judeus está esperando o nascimento do Messias hoje.
Uma das poucas pessoas que estavam realmente preparadas, que estavam esperando com sinceridade o cumprimento das profecias referentes à vinda do Messias era Ana filha de Fanuel. Ela é mencionada rapidamente, no evangelho de Lucas, capítulo 2 e versos 36 a 38.
Apesar de muito idosa, Ana servia ao Senhor com muita dedicação. O texto nos diz que ela “não se afastava do templo”. Isso pode parecer coisa de fanático ou de gente “beata”, num sentido pejorativo da palavra, mas a verdade é que vale muito para Deus. É claro que nem todos têm a mesma condição de Ana, quando a poder estar no templo, mas isso não justifica que muitos cristãos só apareçam na igreja em dia de festa ou, como acontece com muitos quando há nascimento, casamento ou morte na família.
O salmista escreveu: “uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na sua casa todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e aprender no seu templo” Sl 27.4. Sim, o coração do Salmista estava na casa do Senhor o tempo todo, ainda que ele não pudesse estar lá fisicamente. Ele sabia o quanto é importante estar no templo para fortalecer sua comunhão com Deus. Quantos cristãos estão trocando o culto no templo por programas de televisão e por outras coisas fúteis.
Meu querido irmão, se você pertence a uma igreja verdadeiramente cristã, o pior culto realizado nela é melhor que o melhor programa de televisão. Um dia Ana foi ao templo, como fazia todos os dias, e teve uma enorme surpresa: encontrou lá o Messias, aguardado por sua nação durante milênios. Num dia qualquer, quando nós menos esperarmos, podemos ter grandes surpresas no templo do Senhor. Quem sabe, não será num momentos desses que Ele virá buscar sua Igreja? Que bom se Ele nos encontrar no templo e não despercebidos, envolvidos em um programa não recomendado para seus servos!
Outra coisa que Ana fazia e que anda meio fora de moda, era ora e jejuar. Uma pessoa com mais de oitenta anos de idade, como era o caso dela, não pode ser uma pessoa muito forte fisicamente. Orar e jejuar exige esforço. Ela teria, então, uma boa desculpa para ficar ociosa. Outra desculpa que ela poderia usar era dizer: “eu já trabalhei, já orei, já jejuei o suficiente. Que entrem em cena gora os mais jovens”. Mas não. Ela era uma intercessora incansável. Só Deus sabe o quanto aquela mulher abençoou o seu povo, quantas pessoas ela ajudou, simplesmente orando por elas.
Não, gente, orar e jejuar não estão fora de moda. Continuam sendo práticas de valor inestimável, especialmente nesses tempos difíceis que estamos vivendo. Se quisermos a felicidade de nossos familiares, de nosso país e até nossa vitória pessoal nas lutas cotidianas que enfrentamos, temos que fazer como Ana: orar e jejuar.
Quando a velha senhora Ana encontrou José e Maria no templo, com Jesus nos braços, um pequeno bebê, “dava graças a Deus, e falava dele para todos os que esperavam a redenção em Jerusalém”. Dar graças por Jesus e falar dele às outras pessoas. Quantos fazem isso hoje? Falar de Jesus é uma maneira de apressar a vinda d’Ele para buscar a sua igreja. Você está fazendo isso? E quando Jesus voltar a terra, você vai ficar ou vai subir com Ele? Que Deus ajude a responder a essa pergunta com alegria sincera. Amém.