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PREFÁCIO

   Casados em comunhão de bens, de males e de fé. Claro que isto não vai estar escrito na certidão, mas é assim que funciona um bom casamento.
   Quando um homem e uma mulher se casam eles vêm com os corações cheios de esperança almejam construir um lar, realizar coisas juntos, adquirir bens materiais e também imateriais, porque não? E querem claro, desfrutar dos bens que obtiverem no esforço conjunto. Nada mais justo.
   Por outro lado, não se constrói nada nesta vida sem sacrifício. Há obstáculos. Há problemas. Há dificuldades. Ao longo da jornada da vida encontramos trechos fáceis de percorrer e encontramos outros que nos exigem muito esforço. Há etapas agradáveis e há outras péssimas.
   As dificuldades nunca detêm os que têm um espírito forte. Quem sabe aonde quer chegar não para diante dos obstáculos, se esforça, se esmera, luta, persiste, vence. Ainda mais se pode contar com a ajuda de alguém que é solidário, leal, companheiro. Alguém que quer caminhar junto, lutar junto, vencer junto. Companheiro nas vitórias justamente por ser companheiro na luta. Participante dos males e dos bens.
   Há dificuldades que exigem mais do que inteligência mais do que força física, mais do que capacidade humana. Tais dificuldades só são vencidas com o uso de recursos naturais.
   Entre todos os recursos sobrenaturais que se encontram à disposição do ser humano, o principal se chama “fé”. Sim, porque a fé é o único meio de que dispomos para acionar os demais recursos sobrenaturais.
   Coisa linda é quando um homem e uma mulher, um casal, são movidos pela mesma fé. A fé que está no coração de um também enche o coração do outro e ambos vivenciam a mesma força e os mesmos resultados da fé que têm.
   A bíblia nos conta a história de Zacarias e Isabel, dois servos de Deus que compartilhavam as mesmas dificuldades da vida, os mesmos males. Eles eram “casados em comunhão de males”. Uma das frustrações que eles tinham em comum era o fato de não poderem ter filhos (Lc 1.7). Isabel era estéril, algo que acarretava sérios problemas sociais, psicológicos e até espirituais para uma mulher de sua época.
   Felizmente Zacarias e Isabel eram também casados em “comunhão de fé”. Um dia, um anjo do Senhor disse a Zacarias: “Não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará a luz um filho…” (Lc 1:13). A fé pulsava no coração de Zacarias, pulsava no coração de Isabel e produziu alterações no organismo daquela mulher. E o milagre aconteceu!
   Na condição de pastor, tenho tido a oportunidade de conhecer muitas pessoas casadas em “comunhão de bens, males e de fé”. Entre esses casais, tive o privilégio de conviver, a partir de 1996, com Pedro e Jannes. Desde o primeiro dia em que os conheci, fiquei sabendo da luta heroica que estavam travando, juntos, contra as dificuldades biológicas que os impediam de ter o tão sonhado filho. Acompanhei-os nas batalhas de oração e nos momentos de refrigério em que Deus os animava e prometia vitória. Crentes de bom testemunho, vida cristã muito bem abalizada, amantes da obra de Deus, nunca permitiram que aquele ou outros problemas os impedissem de servir ao Senhor. Sempre trabalharam com afinco em várias atividades da igreja, apesar das muitas restrições que o tratamento médico impunha.
   No dia 4 de dezembro de 1998, dia do meu aniversário (como posso me esquecer disso?) o Pedrinho nasceu. Que bem maravilhoso, Pedro e Jannes, os pais “corujas” agora tem esse bem extraordinário para compartilhar. E estão compartilhando conosco, através deste livro, esta grande vitória de fé.
   Tenho certeza de que a leitura deste testemunho fará bem a muita gente. Neste tempo de tantas incertezas e angústias, é bom ser lembrado, através de um testemunho real, de que o DEUS QUE FALA FAZ!

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