I. O Espírito Santo
1. É uma pessoa
1.1 Tem inteligência – At 15.28;
1.2 Tem vontade própria – At 16.17;
1.3 Tem sensibilidade moral – Ef 4.30.
2. Age na esfera mais elementar de nossa vida cristã
2.1 Opera junto ao homem mesmo antes de ele ser salvo – Gn 1.1, Jo 16.7,8;
2.2 Ensina – Jo 14.26;
2.3 Guia sempre – Rm 8.14;
3. Age nas esferas mais profundas de nossa vida cristã
3.1 Ora conosco em momentos de crise – Rm 8.26;
3.2 Outorga poder especial – At 1.8;
3.3 Concede dons espirituais – I Co 12.7-11;
3.4 Operará nossa ressurreição – Rm 8.11.
II. Ser cheio do Espírito Santo – Ef 5.14
1. Ordem contida na Bíblia (mandamento) – Ef 5.18;
2. No Antigo Testamento há o caso de um homem que foi cheio do Espírito Santo – Ex 31.2;
3. Há, no Antigo testamento, vários casos de pessoas em que o Espírito Santo se manifestou de maneira especial. Exemplos: Otiniel (Jz 3.9,10), Gideão (Jz 6.34), Jefté (Jz 11.29), Sansão (Jz 15.14), Saul (I Sm 16.13), Azarias (II Cr 15.1), Jaaziel (II Cr 20.14).
4. Em Pentecostes os crentes foram cheios (At 2.4);
5. Depois do Pentecostes os membros da igreja primitiva foram cheios – At 4.31;
6. Os primeiros diáconos eram cheios – At 6.3,5;
7. Saulo – At 9.17, 18, I Co 14.18;
8. Embriaguez X Plenitude do Espírito Santo – At 2.13-15, Ef 5.18 – emoções, alteração de comportamento;
9. A plenitude do Espírito Santo é algo que se deve buscar constantemente.
1. Perdemo-la quando não nos dedicamos, ou seja, quando não gastamos tempo em buscá-la;
2. Perdemo-la quando nos deixamos encher de outras coisas (contenda, tristeza, ódio, mundanismo, etc).
III. O batismo com o Espírito Santo
1. A participação da Trindade
1.1 O Pai prometeu – Jl 2.28, 29, Lc 24.49;
1.2 O Filho executa – Mt 3.11;
1.3 No Espírito Santo, somos batizados – At 1.5.
2. Não é o mesmo que a salvação nem é recebido, automaticamente, com ela:
2.1 Os batizados no dia do Pentecostes, incluindo os apóstolos e demais discípulos, já eram salvos – Lc 10.20;
2.2 Antes de receber o batismo com o Espírito Santo, os apóstolos já haviam recebido o Espírito Santo – Jo 20.22;
2.3 Ao prometer o Consolador, Jesus disse que Ele já habitava com os discípulos, ao passo que o mundo não O pode receber, não O vê nem O conhece – Jo 14.17;
2.4 Jesus disse que o Pai dá o Espírito Santo àqueles que já são seus filhos (salvos) – Lc 11.13;
3. Línguas estranhas e batismo com o Espírito Santo no livro de Atos dos Apóstolos
3.1 Em Samaria não se diz que houve línguas estranhas, mas está claro que houve sinal perceptível até para quem não era crente – At 8.17-22;
3.2 Não está escrito que Saulo de Tarso falou em línguas ao ser cheios pela primeira vez, mas ele, que falava mais que todos os crentes de Corinto, deve ter começado no dia de seu batismo com o Espírito Santo – At 10.17,18, I Co 14.18;
3.3 Todos os outros casos mencionados, eram acompanhados do falar em línguas – At 2.4, 10.44-46, 19.1-6;
4. Mais sobre línguas estranhas
4.1 É um sinal para os infiéis, ou seja, para os fiéis são coisas comuns – I Co 14.22-25;
4.2 É refrigério – I Co 14.21, Is 28.11,12;
4.3 Podem ser pronunciadas em cânticos – I Co 14.14,15;
4.4 As novas igrejas pentecostais estão ensinando que o batismo com o Espírito Santo não é, necessariamente, acompanhado do falar em outras línguas. As assembleias de Deus ensinam o contrário, e têm mais experiência, mais respaldo nos relatos dos séculos passados (ver o livro “O Testemunho dos séculos”) e mais respaldo bíblico;
4.5 Para ser batizado com o Espírito Santo e para falar em novas línguas só se precisa de uma coisa: fé em Jesus – Mc 16.17;
4.6 Quem concede língua a ser falada é o Espírito Santo, mas quem fala é a pessoa humana. Aqui é que está a necessidade da fé (At 2.4). Fé para começar a falar, fé para continuar falando sem se sentir ridículo ou como quem está falando “da carne” – Rm 14.23;
4.7 É preciso que se entenda: nem quando está profetizando uma pessoa fica fora de si, sem saber o que está fazendo (I Co 14.29-32), o mesmo se aplica ao falar em outras línguas (I Co 14.27,28);
4.8 O dom de variedade de línguas é um aperfeiçoamento daquilo que se recebe ao ser batizado com o Espírito Santo. Algumas pessoas, depois de serem batizadas, nunca mais falam em outras línguas. Outros ficam falando a mesma frase da mesma língua. Outras falam mais de uma frase, mas sempre na mesma língua. Outras falam “diversas línguas” – I Co 12.10,28,30.
IV. Conservando a chamada do avivamento
1. Considerações iniciais
1.1 A palavra “avivamento” não ocorre nenhuma vez, na Bíblia. As palavras “vida” e “avivar”, que lhe dão origem, sim ocorrem, e têm um significado bem específico nas Escrituras.
1.2 Os pentecostais dão À palavra “avivamento” um significado muito particular, geralmente associado à manifestação dos dons do Espírito Santo.
1.3 Geralmente chamamos de “avivamento” um conjunto de acontecimentos envolvendo o povo de Israel, como nação em determinadas épocas de sua história (II Cr 20.1-28, II Cr 29.1, 31.21, II Cr 34.1, 35.19, Ne 8.1-12) bem como à Igreja de Cristo em determinados lugares. Indubitavelmente, foram acontecimentos muito importantes, que afetam positivamente os anos subsequentes.
1.4 Tomando a palavra “avivamento” em seu significado exato, “ato de avivar ou avivar-se”, a conversão, a reconciliação e qualquer tomada de posição que resulte numa comunhão mais profunda com Deus, é um avivamento.
2. Coisas que, geralmente, não são ditas acerca de avivamento.
2.1 É possível que uma igreja esteja repleta do dom de línguas e dos outros dons e, mesmo assim, esteja cometendo sérios pecados contra Deus. Exemplo: Igreja de Corinto (I Co 1.7, 3.1-3, 5.1, 11.20-21). Logo, não se pode confundir manifestações do Espírito Santo com avivamento.
2.2 Quem participa de um “avivamento” não se orgulha disso e, as vezes, nem sabe disso.
2.2.1 Quando o Espírito Santo opera com profundidade, Jesus é glorificado e não o grupo no qual ocorre essa operação (Jo 16.14).
2.2.2 Quanto mais nos aproximamos do Senhor, mais sentimos nossas misérias (Is 6.5, Rm 7.24).
2.2.3 Quanto mais nos aproximamos do Senhor, mais entendemos nossa carência d’Ele, logo estaremos insatisfeitos, sempre querendo mais, achando pouco o que temos (Sl 42.1, 2).
2.3 Quando ocorre uma grande colheita de almas numa igreja local ou nas igrejas de determinada região, se diz que ali está acontecendo um avivamento. Na verdade, antes da colheita, houve todo um preparo da terra, Às vezes longo e penoso, houve plantio intenso e muitas lágrimas (Sl 126.5). Esses esforços anteriores também fizeram parte do avivamento (Jo 4.37).
2.4 Nunca se pode esquecer de que a igreja avivada é resultado de pessoas avivadas. Cada um de nós deve sempre fazer a si mesmo a pergunta “COMO ESTÁ A MINHA VIDA DIANTE DE DEUS?”.
3. O que significa “conservar a chama do avivamento”.
3.1 Empenhar-se para que nada interrompa a minha comunhão com Deus e fazer o máximo para que outros a recebam (I Co 9.22-27).
3.2 Cultivar minha comunhão com Deus, dedicando tempo à oração, leitura da Bíblia e ao louvor. Orando com o Espírito Santo e também com entendimento, cantando com o Espírito e também com o entendimento (I Co 14.15). Obs.: Orar e cantar com o espírito e fazê-lo em línguas sobrenaturais.
3.3 Empenhando-me para não ser tropeço na vida de ninguém, pelo contrario, para ser uma benção para os meus irmãos (Rm 14.13, I Ts 5.14-23). Assim, a vida se manifestará em nós r fluirá para outros (Jo 7.38).
V. Os dons na Igreja
1. A menção de I Co 12.4-6
1.1 Dons (Espírito Santo) – verso 4;
1.2 Ministério (Jesus) – verso 5;
1.3 Operações (Deus Pai) – verso 6
2. Os dons do Espírito Santo
2.1 Descrição: I Co 12.7-10;
2.2 Como são recebidos: buscando, cf I Co 12.31, 14.1;
2.3 Como são exercícios:
2.3.1 Com forte componente sobrenatural;
2.3.2 Contudo, a pessoa não fica fora de si – I Co 4.27-32;
3. Os dons ministeriais
3.1 Menção descritiva – Ef 4.7-14;
3.2 Como são recebidos: por vocação, preparo e exercício;
3.3 Como são exercidos: há uma cooperação equilibrada entre os elementos natural e sobrenatural. A “dose” de cada um desses elementos depende da pessoa humana.
4. Dons auxiliares
4.1 Menções: I Co 12.28, Rm 12.6-8;
4.2 Como são recebidas: dotes naturais, tais como liderança, inclinação para atividades administrativas, etc;
4.3 Como são exercidos: com disposição para colocar à disposição da obra do Senhor os talentos naturais que temos. Depende de paciência, de disciplina e de oportunidade;
4.4 Exemplos: Mnasaon (At 21.16), Epafrodito (Fp 4.18), Onésiforo (II Tm 1.16-18).