Brasília, 25 de setembro de 2011.
Do final de setembro para o início de outubro Brasília é invadida por uma orquestra que toca em tudo o que é canto, dia e noite. São as cigarras! Tem gente que as detesta. Eu acho lindo. Brasília sem as cigarras não seria Brasília. Deixem a orquestra tocar, afinal, esses “músicos” não cobram nada pelo trabalho.
As cigarras sempre nos lembram a fábula da cigarra e da formiga. Eu tenho a minha própria versão dessa estória, já publicada em um dos meus livros. Veja como é.
A formiga era muito trabalhadora, mas não se preocupava com sua comunhão com Deus. Ela trabalhou muito no verão. Quando veio o inverno, ela possuía muito alimento estocado. Só que veio o tamanduá e devorou a ela e a muitas outras formigas de sua família. Quanto à cigarra, era muito crente. No verão, ela cantava muito em louvor a Deus, mas trabalhava também. Quando veio o inverno, ela não podia trabalhar, só louvava a Deus. Embora ela não tivesse muito alimento estocado, Deus abençoou sua despensa e nunca lhe faltou o alimento. Gostou?
Acho que o rei Jeosafá se parecia com a cigarra da minha estória. Ele foi um rei que sempre procurou ser fiel ao Senhor. Claro que ele tinha suas falhas, mas o capítulo 17 e o 19 do II livro das Crônicas relatam como ele se esforçou para banir a idolatria do meio dos seus liderados, também procurou difundir o conhecimento da Palavra de Deus em Israel, enfim, Jeosafá era um homem que confiava em Deus. Porém, chegou o tempo do inverno para ele, o tempo de nuvens cinzentas e de grandes dificuldades. Cercados por inimigos poderosíssimos, Jeosafá se viu ameaçado de morte, juntamente com todo o seu povo. Quando Jeosafá buscou o socorro do Senhor, a orientação que recebe foi esta: “Cante, coloque todo o povo, coloque músicos e cantores à frente de todos e louve a Deus”. Por confiar no Senhor e até por não poder fazer outra coisa mesmo, Jeosafá e todo o exército de Israel puseram-se a cantar. Sabe o que aconteceu? Deus operou um grande livramento enquanto o povo louvava. Os próprios inimigos se autodestruíram. O verso 22 deixa bem claro que houve uma ação divina nos bastidores espirituais.
Queridos, precisamos louvar mais ao Senhor. O louvor liberta, o louvor libera os recursos de Deus para que ajam em nós, através de nós e em nosso favor. Quando for possível trabalhar, seja nas atividades próprias da vida secular, seja nas atividades da Obra do Senhor, trabalhemos louvando a Deus. O trabalho será mais produtivo e agradável. Quando a situação estiver tão difícil que nós não soubermos o que fazer ou não tivermos condições de fazer nada, como aconteceu com o rei Jeosafá, então louvemos com entusiasmo ainda maior ao nosso Pai Celestial, àquele que tem o controle de todas as coisas. Não é loucura não. É demonstração de confiança no Senhor. Deus é o que é, independentemente das circunstâncias que estejamos vivendo.
E para aqueles que estão louvando ao Senhor, dentro de situações adversas, e para aqueles que passarão a louvá-lo a partir de agora, mesmo sofrendo, mesmo vendo tudo escuro, mesmo sem estar ainda vendo a luz no fundo do túnel, vai a promessa de hoje: “Nesta peleja não tereis que pelejar”.