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Brasília, 23 de janeiro de 2011.

DEUS E AS AVALANCHES DO RIO DE JANEIRO

  Ao contemplar tragédias como a que se abateu sobre a região serrana do Rio de Janeiro, podemos nos perguntar: Onde está Deus?
  Quando se formula uma pergunta como essa, consciente ou inconscientemente se está questionando uma das duas coisas seguintes: 1. A bondade de Deus ou 2. A própria existência de um Deus que é bom, tem todo o poder e não evita que horrores como aquele aconteçam.
  Deus é a fonte de todo o bem, cada atitude, cada gesto, cada ação de solidariedade que acontece naquela região toda impregnada de dores, vem d’Ele. O diabo poderia inspirar algum sentimento bom em qualquer pessoa? Claro que não. Admitamos, por hipótese, que a solidariedade fizesse parte do mecanismo da “evolução”, contribuindo para a sobrevivência da espécie humana. Se fosse assim, as pessoas seriam solidárias umas com as outras para salvar alguém não pusessem sua própria sobrevivência em risco. Os esforços daqueles bombeiros e dos outros voluntários que se expõem à morte, na tentativa de salvar pessoas que eles nem sabem se estão vivas, contraria isso. Outra observação nesse sentido : sendo a “evolução” o mecanismo através do qual se garantiria a sobrevivência dos mais fortes e mais hábeis, nunca alguém lutaria para salvar um deficiente físico, uma pessoa idosa, um desconhecido qualquer que não lhe pudesse dar nada em troca.
  Sim, amigos, Deus existe e está presente na região serrana do Rio de Janeiro, através dos gestos de solidariedade que acontecem ali, até mesmo das pessoas que dizem não acreditar n’Ele. Ele está presente fortalecendo e consolando os sofredores de tão terrível tragédia (dá para perceber nas filmagens feitas pelas estações de TV, que muitos são servos de Deus).ele está presente nas ações acertadas das autoridades governamentais (elas são ministros de Deus, nos diz Rm 13.4). E quando as autoridades que poderiam evitar a tragédia? Nesse caso, as autoridades não se permitiram usar por Deus como Ele desejaria. E é aí que entra a questão básica em toda essa discussão: a responsabilidade humana. Não adianta querer transferir para Deus aquilo que é de responsabilidade do ser humano.
  Deus poderia evitar toda aquela tragédia não criando a Terra ou o ser humano. Mas, quem somos nós para dizer a Deus o que Ele pode e o que não pode criar?
  Ah, Ele poderia impedir que as pessoas degradassem o meio ambiente, ou que residissem em áreas de risco. Mas, aí, Ele estaria violentando o livre arbítrio que nos deu. Ele nos criou dotados do poder de tomar decisões, o que implica, necessariamente, na responsabilidade pelas consequências das decisões que tomamos.
  Em última análise, todo o mal que há no mundo é consequência, direta ou indiretamente, de decisões erradas tomadas por alguém, a começar por aquela tomada pelo primeiro casal no jardim do Éden. De lã para cá muita coisa ruim tem acontecido neste mundo. Ao invés de nos revoltar contra Deus, o que cada um de nós deve fazer para refugiar-se n’Ele, pedir forças para viver em um mundo tão cheio de males, orientação para não cometer erros que venham acrescentar mais problemas aos que já existem, perdão pelos erros já cometidos e graça para permanecer em sua comunhão até que possamos viver com Ele nos novos céus e na nova, nossa futura e verdadeira morada.

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