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Brasília, 15 de agosto de 2010.

APRENDENDO COM OS MAIS ANTIGOS

  As Assembleias de Deus brasileiras, hoje tão numerosas e respeitadas, são o resultado de um trabalho iniciado por dois jovens obreiros suecos: Gunnar Vingren e Daniel Berg. Depois vieram vários outros obreiros do mesmo país e do país vizinho, a Finlândia. Aqueles primeiros obreiros não se dedicaram apenas ao evangelismo, não. Alguns trabalharam intensamente na área do ensino e todos eles, durante um bom tempo, foram os nossos referenciais de liderança, contribuindo muito para a estabilidade e o crescimento desta obra em todo o Brasil.
  Por providência de Deus, nós da Assembleia de Deus do Plano Piloto, estabelecidos aqui na capital do país, temos tido um relacionamento muito estreito com a igreja finlandesa. Essa aproximação tem acontecido, como não poderia deixar de ser, em consequência do nosso trabalho missionário. Começamos a interagir com eles a partir da Bolívia, onde atuamos por pouco tempo, e depois nos tornamos parceiros no projeto da obra missionária finlandesa já estiveram aqui conosco e nós já estivemos lá na Finlândia, a convite deles. Tem sido uma parceria muito linda e produtiva.
  A FIDA Internacional é a instituição responsável pela coordenação de todo o trabalho missionário das Assembleias de Deus finlandesas. Ela realiza um congresso a cada dois anos, congresso esse que reúne seus missionários que se encontram em todo o mundo. Participamos do congresso do ano de 2007. Estávamos lá com uma caravana. Eles passaram a nos conhecer melhor e nós a eles. E aprendemos muita coisa ali.
  Uma das coisas que observamos em nossos irmãos finlandeses é que seu trabalho missionário é fortemente ligado à ação social. Uma das coisas que eles mais gostam de fazer é colaborar com a educação formal nos países em que atuam e que têm necessidade desse tipo de ajuda. Eles realizam, também, muitos projetos filantrópicos. Como tudo isso acaba enaltecendo o país que eles representam, o governo finlandês coopera com esses projetos que são paralelos à pregação do Evangelho. Para o estado isso é bom e para a igreja também. Esse é o tipo de parceria construtiva!
  Esse tipo de discussão não existe mais na Assembleia de Deus finlandesa, mas nós fomos informados de que, durante muito tempo, elas foram incomodadas como questão: é apropriado, é biblicamente correto, que um missionário gaste seu tempo em trabalhos de cunho social? Não seria isso um mau aproveitamento de recursos e de energia? Uma questão ainda mais séria: será que, dedicando-se à ação social, o missionário não estaria deixando de fazer o que é mais importante, isto é, a pregação do Evangelho propriamente dita?
  Bem, os nossos irmãos finlandeses já resolveram o seu conflito. E nós brasileiros, como estamos?

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