Brasília, 7 de fevereiro de 2010.
DEUS ESTÁ OPERANDO
Fiz, recentemente, uma viagem de carro de Brasília à Bahia. Depois de percorrer quase mil quilômetros, paramos na cidade de Ibotirama para jantar. Não demorou muito para descobrirmos que a dona do restaurante, uma senhora que insistia em me chamar a de “irmão” era, realmente, minha irmã em Cristo. Converteu-se na Assembleia de Deus em São Cristóvão – RJ. Frequentou também a de Olaria e hoje é membro de outra Assembleia que tem vínculos em Brasília.
Já em Salvador, capital do estado, andando pela praia, descobri um quiosque onde era vendido o acarajé da “irmã Isaura”. Essa também é membro da Assembleia de Deus. já foi chefe de um dos chamados “terreiros da Bahia”, mas hoje trabalha duramente contra o estilo de vida que levou durante muitos anos. Ela já esteve eprtinho do inferno: antes de conhecer ao Senhor, tentou dar cabo de sua própria vida, tomando dois tipos de veneno, ao mesmo tempo que abria o bico do gás do fogão, para não dar nenhuma chance a si mesma de continuar vivendo. Segundo ela, chegou a ter sua morte cerebral declarada, o que levou as pessoas que a viram levantar-se do leito do hospital e gritarem: “a mulher ressuscitou, a mulher ressuscitou”.
Em Feira de Santana, a cidade em que nasci, hospedei-me num hotel cujos atendentes passavam o tempo todo ouvindo músicas evangélicas e nos saudavam com a Paz do Senhor. É preciso dizer que eles também eram nossos irmãos em Cristo?
Indo para Cachoeira, cidade histórica (já foi capital do Brasil por alguns dias, no tempo do Império), alguns me alertaram: “Estamos indo para um lugar cheio de terreiros de macumba”. Sim, vi alguns antros desses por lá. Mas graças a Deus o que mais vi foi templo evangélico por todos os lados, lojas “Shalom”, “Adonai” e com outros nomes bíblicos. E de dentro de muitas casas de Cachoeira saía o som de hinos de louvor ao nosso Deus. No Mercado Municipal, tomei um delicioso mingau servido por outra irmã em Cristo. Viajando para o sul do estado, vi o mesmo fenômeno se repetir em muitas cidades por onde passamos. A Bahia não é mais a mesma! O Brasil não é mais o mesmo! Glória a Deus!
Na cidade de Belmonte, onde nasceu meu pai, estão trabalhando nossos irmãos João Batista e Evenina (“Irmã Nina”). Estão fazendo um excelente trabalho entre as pessoas mais rejeitadas pela sociedade. Vi entre os que frequentam a igreja, para se ter uma ideia, um casal já octogenário, recém liberto do alcoolismo, vício do qual marido e mulher foram escravos por muitas décadas. É ou não é Deus operando?
Para terminar, veja só o que eu vi numa chácara que uma família de nossa igreja em Belmonte toma conta: um urubu que não come carne. Nem cozida nem crua. Ele, criado por aqueles chacareiros desde filhote, só come arroz cozido, macarrão e coco. Todas as manhãs, vestindo o seu “terno escuro”, acompanha as crianças até à porteira, e fica ali até que elas voltem da escola. Faz o mesmo quando a família vai à cidade por qualquer outro motivo. Sabe o que mais: quando os outros animais de sua espécie tentam se aproximar dele, ele se afasta resolutamente. Parece que na Bahia os urubus estão se convertendo!