Brasília, 05 de abril de 2009.
Quando mencionamos a santidade de Deus, estamos nos referindo a excelência do seu caráter. É absolutamente justo porque é santo. Qualquer que seja a situação, lidando com qualquer pessoa, Ele vai agir da maneira mais correta que possa imaginar porque ele é santo. A Bíblia resume tudo isso dizendo que Ele é a pessoa “em quem não há mudança e nem sombra de variação” (Tg 1.17b). em outras passagens as Escrituras Sagradas afirmam: “Deus é luz, e não há Nele trevas nenhuma” (I Jo 1.5b).
Esse mesmo Deus santo exige que os seus servos e servas sejam também santos. Ele ordena: “Sede santos, porque eu sou santo” (I Pe 1.16).
A santidade não é inerente à nossa natureza. Antes de nos convertermos “éramos por natureza filhos da ira” (Efésios 2.3). Mesmo depois de agraciados com a salvação, temos que conviver com uma parte do nosso próprio ser, chamada de “carne” que é sempre rebelde. A Bíblia diz: “Porque a inclinação da carne é morte…é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser” (Rm 8.6, 7).
Então, já que a santidade não é inerente a nossa natureza, é necessário que queiramos e nos esforcemos para ser santos. Nós precisamos conhecer o caráter do nosso Deus, desejar ter um caráter semelhante ao dele e nos esforçar para ter esse caráter.
Como resultado de um processo, nossa santificação é algo que se aperfeiçoa. Assim nos diz II Coríntios 7.1: “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus”.
É impressionante como nossa natureza rebelde se manifesta até quando tomamos a decisão de sermos santos. Em nossa rebeldia, nós escolhemos em que áreas de nossa vida vamos ser santos. Mais ou menos como uma criança separa no prato as coisas que não quer comer. Aí a gente decide vestir roupa “decente”, mas resiste à ideia de deixar de ser linguarudo. Deixa de ir ao cinema, mas continua sendo faltoso nos compromissos financeiros que firma. Não usa este ou aquele adorno, para não ser taxado de vaidoso, mas agride as pessoas com palavras quando não tem oportunidade de cantar “para a glória do Senhor Jesus”. Não usa bebida alcoólica, mas é avarento. Dá os dízimos, mas defrauda o cônjuge nos deveres matrimoniais. E assim por diante.
Há outro aspecto do caráter de Deus que nós precisamos imitar: é a sua permanente disposição de fazer o bem. É disso que a Bíblia está tratando quando diz que Deus é benigno. Ele nunca é omisso quando há uma oportunidade para fazer o bem. Foi por isso que ele veio a este mundo para nos salvar. E continua trabalhando para salvar as pessoas humanas. E trabalha continuamente para que as pessoas já salvas sejam aperfeiçoadas e sejam plenamente felizes.
As pessoas que são “participantes da santidade do Pai dos espíritos” (Hebreus 12.9, 10) também são abençoadoras. Elas não apenas se alegram no fato de que Deus está sempre disposto a abençoar, mas se colocam à disposição dele para serem os instrumentos através dos quais o Senhor realiza sua obra abençoadora.
Santidade, portanto, não é algo monótono, sem graça, sem vida. Quem é santo é dinâmico, é proativo, criativo, empreendedor. E se sente feliz por isso.
É bom ser santo. Vale à pena nos esforçarmos para ser mais santos. Vale à pena orar e pedir ao Senhor que nos inspire e nos dê forças para buscar e viver UMA MELHOR SANTIDADE.