Brasília, 01 de março de 2009.
“Acordado, pois Jacó do seu sono, disse: na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E temeu e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus” (Gênesis 28.16, 17).
Betel (em hebraico “Casa de Deus”) ficou sendo chamado o lugar em que Jacó passou pela experiência descrita nos versos 10 a 17 do capítulo 28 do livro de Gênesis. O interessante é que aquele era um lugar deserto e Jacó se encontrava sozinho lá. Mas ele disse que ali era “a casa de Deus e a porta dos céus”.
O que caracteriza um lugar como casa de Deus? em outras palavras, como é que um lugar fica sendo casa de Deus?
Deus é Onipresente. Ele está em todos os lugares ao mesmo tempo. Para que um lugar seja considerado como casa dele, é necessário que haja ali mais alguém com vontade de desfrutar de sua convivência. Foi o que aconteceu lá em Betel. Jacó era um moço que tinha sede de Deus. ele estava naquele lugar por causa do anelo que tinha de ser o homem de sua geração que desse continuidade aos projetos que o Senhor havia revelado ao seu pai Isaque e ao seu avô Abraão. Ele não soube fazer as coisas e por isso se atrapalhou todo. Entrou em conflito com seu irmão gêmeo Esaú, mas a verdade é que ele saiu de casa com esta bênção: “E Deus Todo-Poderoso te abençoe, e te faça frutificar, e te multiplique, para que sejas uma multidão de povos; e te dê a bênção de Abraão, a ti e à tua semente contigo, para que em herança possuas a terra de tuas peregrinações, que Deus deu a Abraão” (Gênesis 28.3, 4). Então, Jacó estava com a vida um tanto quanto complicada, mas estava ali por causa dos propósitos de Deus para com a sua vida. Resumindo: quando, em algum lugar, alguém busca a Deus com sinceridade, já se tem um bom ingrediente para que esse lugar seja a casa de Deus.
Mas se a casa é de Deus, é necessário que Ele interaja com as demais pessoas que ali estejam. Em outras palavras, é necessário que Deus se manifeste de maneira especial, perceptível. Foi o que aconteceu em Betel. O Senhor apareceu ali, ainda que em sonho, e falou com Jacó. Reiterou suas promessas ao moço. Mostrou que queria conviver com ele ali, nas circunstâncias do momento, e para sempre.
O lugar era deserto, e, talvez por isso mesmo, era um lugar muito apropriado à reflexão, à oração, ao trabalho de Deus. E Deus aproveitou as circunstâncias que o lugar oferecia. Sim, para que um lugar seja casa de Deus é bom que ele ofereça condições básicas para o cultivo do relacionamento com Ele. O texto em Gênesis, capítulo 28, nos diz que Jacó deu uma melhorada nas instalações: “Então se levantou Jacó pela manhã de madrugada, e tomou a pedra que tinha posto por sua cabeceira, e a pôs por coluna, e derramou azeite em cima dela” (verso 18). Tempos depois, ele construiu um altar ali (Gênesis 35.7).
Uma “casa de Deus” pode servir para que muitas pessoas cultivem o relacionamento com Ele, ao mesmo tempo e individualmente. Esse convívio se faz na forma de adoração, louvor meditação em sua Palavra, e ministração de suas bênçãos aos demais que estejam presentes. Quando tudo é feito de acordo com os princípios de sua Palavra, Deus opera, se revela, manifesta sua glória de muitas maneiras. Porque Ele é um Deus vivo, maravilhoso, poderoso, glorioso.
Trabalhemos para que o Senhor nosso Deus seja conhecido, amado, glorificado, inclusive construindo casas para que isto aconteça.