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Brasília, 23 de março 2008.

ASSALTO AO ÔNIBUS DOS PASTORES

  Recentemente organizou-se uma caravana de pastores para irem a uma assembleia da Convenção Geral das Assembleias de Deus que se realizaria em Porto Alegre. Dois ônibus, cheios de homens de Deus, saíram de Brasília rumo à Capital Gaúcha. Para não perderem o dia de trabalho aqui e para chegarem a tempo hábil para o início das atividades lá, a caravana saiu em plena noite. É uma pena que no Brasil já não se possa mais fazer isso. O mínimo que poderíamos esperar em retribuição aos altos impostos que pagamos, seria o oferecimento dos serviços públicos básicos, inclusive segurança. Infelizmente, não podemos contar com isso. Precisamos orar para que a sangria de recursos públicos seja estancada, a carga de impostos ameniza, a cobrança seja mais justa e a aplicação mais eficiente. Deus tenha misericórdia de nosso querido Brasil!
  Pois bem, como estamos vivendo a situação de falência dos serviços públicos, os pastores foram assaltados na estrada, a poucas centenas de quilômetros da Capital Federal. Bandidos armados surgiram de repente, atiraram nos ônibus, fizeram-nos parar e todos os ocupantes dos veículos tiveram que descer, em plena chuva, e entregar todo o dinheiro que levavam, bem como seus relógios, alianças de casamento e aparelhos celulares. Foi aterrorizante, humilhante e revoltante. Especial angústia passaram aqueles que, além de pastores, eram também policiais, já que bandidos têm por eles um ódio mortal. Eles correram um grande risco de morte.
  Graças a Deus, ninguém foi ferido fisicamente, e os servos de Deus ainda tiveram Ânimo para continuar a viagem. E, passados os momentos de terror, ainda encontraram motivos para darem boas risadas. Riram ao lembrar-se de que um bandido, ao entrar no ônibus, ordenou que o motorista acendesse as luzes internas do veículo. O condutor, sem ter outra opção, obedeceu. O bandido, educadamente, disse: “Obrigado”.
  Mas os bandidos também foram bem tratados. Um pastor, sem querer pisou no pé de um deles. Imediatamente, olhou para ele e disse: “Desculpe senhor”. Os meliantes também se tratavam muito bem, um chegou a chamar o outro de “senhor”. Provavelmente eles não eram bandidos comuns.
  Houve outro episódio muito engraçado. Para recolher as coisas que eram subtraídas das vítimas, foi passada uma bolsa de mão em mão. Em determinado momento, um bandido irritou-se com um pastor que parecia não estar entregando tudo o que tinha em seu poder, e perguntou: “Você está querendo me roubar, é?”. Ora vejam só: bandido indignado diante da mera suposição de estar sendo roubado, ao mesmo tempo em que está roubando a outros!
  Muitas lições se podem tirar daquele triste episódio. Talvez a própria “reclamação” do assaltante possa nos ensinar alguma coisa. O Brasil está como está, em grande parte por culpa de muitos conterrâneos nossos que têm agido de maneira desonesta. A reclamação é geral. Mas é bem possível que muitos que estão reclamando tenham sua parcela de culpa em tudo que está acontecendo. É fácil reclamar do político ou do governante que age de maneira inescrupulosa. Mas, se somos adeptos do famoso “jeitinho brasileiro” de resolver as coisas, violando leis e regulamentos, nós também somos parte do problema. Se pagamos propina aos funcionários públicos para obter qualquer vantagem indevida, somos tão corruptos quanto os outros. Sem dúvida nenhuma, o saneamento dos problemas que assolam nossa sociedade, passa por profundas reflexões e mudança de mentalidade de todos nós. É por isso que Deus nos recomenda em sua Palavra:
  “Se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (II Crônicas 7.14)

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