Brasília, 29 de julho de 2007.
Quando se faz uma viagem de Porto Alegre para São Paulo, por via aérea, tem-se uma belíssima vista da Região Sul do Brasil. O voo vai acompanhando o litoral, permitindo que se veja, ainda que muito lá de cima, as belas praias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e do Paraná. Uma pessoa que se acomode junto a uma das janelas da aeronave pode deliciar-se com a vista da Mata Atlântica, aqui e acolá interrompida pela presença de aglomerados urbanos, que o passageiro pode ir tentando identificar, caso conheça um pouco essa parte do nosso País. Menos de uma hora do início da viagem, já se percebe que a aeronave começa a perder altura e ouve-se a voz de algum membro da tripulação: “Senhoras e senhores, neste momento começamos os procedimentos de descida para o aeroporto de Congonhas São Paulo, onde o tempo se apresenta bom, com temperatura de dezenove graus celsius”. Pouco depois, já se veem os altos edifícios da nossa maior metrópole. É quando os passageiros são instruídos, através do alto-falante, a apertar o cinto de segurança, colocar a poltrona na posição vertical e verificar se a mesinha à sua frente está travada e fechada. E lá está o aeroporto, sua torre de controle e a pista de pouso. Agora, já próximos às casas, nos damos conta da grande velocidade em que estamos nos deslocando. Vendo-as passar rapidamente pela janela do avião. O trem de pouso toca o solo e já nos sentimos em casa. Alguns passageiros se benzem, outros dizem mentalmente: “Graças a Deus”. alguns continuam cochilando, outros ouvindo a música de bordo. De repente, sente-se a ação dos freios do veículo e ouve-se o rugir das turbinas. A velocidade vai diminuindo mais e mais e o avião para de correr. Parece-se com o atleta no final da prova, que deixa de correr e passa a caminhar antes de parar completamente.
Na terça-feira, dia 17 de julho de 2007, no vôo 3054 da TAM, tudo ocorreu mais ou menos como descrito acima, exceto pelo fato de que, após tocar o solo, a aeronave não diminuiu a velocidade. É bem provável que os passageiros nem tenham se dado conta disto. Deslocando-se a mais de 150km por hora, o veículo percorreu toda a pista de pouso em poucos segundos. Talvez, quando eles começaram a perceber que algo estava errado, apenas notaram que um prédio à sua frente se aproximou muito rápido e seguiu-se uma explosão. Aí eles já estavam do outro lado da vida. Não houve tempo nem para fazer uma rápida oração. Nem para dar um grito. Nada. De repente, a vida aqui acabou. Quem estava em comunhão com Deus, já estava no Paraíso. Quem não tinha…é bom nem pensar.
Luiz Antônio Rodrigues de 43 anos, pastor da Assembleia de Deus de Ivoti, Rio Grande do Sul, alguns meses atrás teve uma visão de algo muito parecido com o que aconteceu com o avião da TAM. Ele viu muitos corpos sendo colocados dentro de sacos plásticos, em meio a um grande tumulto, e conduzidos para um lugar escuro. Ele, em si, se encontrava em um lugar elevado, no qual se sentia muito bem. Quis permanecer definitivamente ali onde estava, mas Deus não o permitiu. Disse-lhe que voltasse ao seu labor e lutasse um pouco mais, orasse um pouco mais e sofresse um pouco mais.
O pastor Luiz Antônio reuniu sua igreja e ministrou-lhe acerca da volta de Jesus. Afirmou que estava preparada pra ela e exortou a todos os irmãos que também se preparassem. O mais interessante: ele se encontrava no voo 3054 da TAM, tendo-se incluído nele após cancelar o outro voo que deveria tomar na manhã daquele dia. Ele estava preparado para encontrar-se com Cristo. Porém, quantos mais naquele voo estavam prontos para encarar a eternidade?
A bíblia nos diz que a vinda de Jesus será “num abrir e fechar de olhos” (I Co 15.52). estando dentro de um avião, no meio da rua, em casa, no escritório, seja lá onde for, tudo aqui terminará, num abrir e fechar de olhos. Não haverá tempo para ninguém preparar-se. Pense nisso e, se não estiver pronto, apronte-se agora!