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Brasília, 10 de junho de 2007.

FAZER ESTAS SEM OMITIR AQUELAS

  O Evangelho segundo escreveu Mateus tem algumas particularidades muito interessantes, mas não é nosso interesse abordá-las aqui. Nosso interesse, neste momento, é chamar a atenção dos nossos leitores para o fato de que aquele livro, como todos os demais livros que compõem a Bíblia, é muito precioso. Somente lendo o livro e meditando profundamente nele se pode aproveitar as profundas lições ali contidas para o nosso bem-estar espiritual.
  À guiza de motivar nossos leitores a se aproximarem mais do livro de Mateus, vamos abordar, agora, um dos assuntos contidos nele.
  Todos nós sabemos que o fator humano que levou Jesus Cristo até à cruz foi a inveja e o medo que a mensagem pregada pelo Mestre da Galileia despertou nos líderes religiosos do seu tempo. Por exemplo, as palavras registradas em Mateus 23.33 devem ter provocado muito furor nas pessoas a quem foram dirigidas: “serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno”?
  Na verdade, todo o capítulo 23 de Mateus é muito contundente. No verso 23 encontramos: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o coentro e o cominho, e desprezeis o mais importante da lei: o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas”.
  Jesus censurou os líderes religiosos por darem os dízimos até do tempero da comida? Não. Ele os censurou por conduzirem mal esse assunto da contribuição. Estão levando as pessoas a tentarem barganhar com Deus, agindo na base do “eu lhe dou dez e você me dá mil”. Outros fazem pior: induzem as pessoas a crerem que podem comprar até a salvação de suas almas com esmolas para a organização religiosa à qual pertencem. E qual é o objetivo de tudo isso? O objetivo é o mesmo que movia Judas em seu tempo: “Ora ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava” (João 12:6). Judas escondia sua ganância atrás de uma fachada de piedade.
  A atitude de muitos líderes religiosos com respeito à contribuição financeira, problemas que já vem de tempos muito antigos, passando pela época da venda das indulgências, tem trazido muito prejuízo para a Obra de Deus. muitas pessoas, escandalizadas, decepcionadas ou simplesmente auto justificadas, deixam de honrar a Deus com os seus bens como resposta à atitude deles. Aí o prejuízo não é só dos indivíduos que deixem de contribuir para a Obra de Deus, mas para a própria Obra como um todo. No final, a sociedade humana inteira fica prejudicada.
  O exemplo que fez nosso Mestre, devemos deplorar a atitude errada daqueles que desprezam a misericórdia e a própria fé, mas não podemos omitir nosso amor pela Obra de Deus que deve expressar-se, inclusive, através de nossas contribuições financeiras. É fazer uma coisa sem omitir a outra.

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