Brasília, 1 de abril de 2007
Seria possível crucificar Jesus Cristo de novo? Em certo sentido, sim. Em Hebreus, capítulo 6 e verso 6 aparece esta expressão “… eles, de novo, crucificam o filho de Deus…”.
No caso mencionado pelo escritor aos Hebreus, o que estava acontecendo é que alguns cristãos, ao se desviarem da fé, adotavam um comportamento tal que era como se estivessem crucificando a Jesus. Mas eu creio que nós podemos ver esta questão de outra maneira também.
Os primeiros “crucificadores” de Jesus, inventaram umas acusações contra Ele, levaram-no a um tribunal, conseguiram que Ele fosse declarado culpado, entregando-o às autoridades romanas, conseguiram que o Mestre Nazareno fosse condenado à morte e conseguiram que a pena fosse executada através da crucificação. Os “crucificadores” de hoje em dia, como fazem? Basicamente, eles utilizam duas táticas.
A primeira tática para crucificar Jesus é simplesmente negar sua existência. Se conseguir convencer às pessoas de que Jesus Cristo nunca existiu, Ele é apagado das mentes e corações, some, desaparece, morre. Hoje em dia essa tática já não é tão utilizada porque as evidências históricas e arqueológicas da passagem do Filho de Deus por este mundo já são muito conhecidas. Por exemplo, durante muito tempo se afirmou que nunca teria condenado Jesus a morte, existiu, como se poderia dizer que Ele morreu pelos pecados de alguém, ou mesmo que tenha existido? Pois bem, não faz muito tempo, apareceu lá na região da antiga Cesareia uma placa comemorativa, homenageando um governador romano chamado Pilatos. Coisa parecida aconteceu como sumo sacerdote Caifás cuja urna funerária foi descoberta recentemente. E agora, senhores “crucificadores”?
A segunda tática, muito mais perigosa e mais utilizada hoje em dia, consiste em deturpar a pessoa de Jesus. Dizem: “Ele existiu sim, mas não era nada do que os cristãos dizem que Ele era”. É uma tática diferente da anterior, mas com o mesmo efeito. Se uma pessoa crê que Jesus existiu , mas não crê que Ele é aquilo que a Bíblia afirma que ele é, então não adianta nada. O Jesus Salvador, Senhor, Filho de Deus, para uma pessoa não existe. Quem levou esta pessoa a pensar assim, como que matou, crucificou o Cristo que poderia haver naquele coração.
O diabo entrou em Judas Iscariotes e o induziu a trair o Mestre (Lc 22:3, 4). O que o inimigo fez foi explorar a avareza que havia no coração do apóstolo para levá-lo a fazer o que fez. Da mesma maneira o diabo age hoje. Há muitas pessoas querendo ganhar dinheiro com livros sensacionalistas, filmes escandalosos e outros tipos de produtos espúrios que sempre encontram compradores. O diabo usa isso para levar pessoas a “crucificar de novo” ao Filho de Deus. o pior é que, muitas vezes, os filmes, livros e outros produtos que são utilizados para “matar” a Jesus, trazem sempre a aparência de descoberta científica ou de terem algum apoio histórico, mas que, na verdade, não resistem a uma análise que tenha um mínimo de seriedade.
Ao invés de ficarmos apavorados com a existência de tantos “crucificadores” de Jesus, devemos dar glória a Deus, porque o nosso Jesus, Senhor, Salvador, Mestre, Pastor, Fonte da nossa vida, Alegria da nossa Alegria, força da nossa força, nossa Luz, nossa Paz, nossa Esperança e nossa Glória, continua vivo e vive para sempre. Quando o crucificaram, há cerca de dois mil anos atrás, não puderam impedir de que Ele ressuscitasse ao terceiro dia. Ele ressuscitou para viver para sempre! Muitos adversários já se levantaram e caíram, mas Ele continua vivo. Ele vive em mim e sem mim. Vive na Criação e fora dela. É imanente e transcendente.
Conheça o Cristo Vivo! Receba o Cristo Vivo! Receba vida em Cristo. Viva em Cristo, para Cristo e por Cristo para todo o sempre. Amém!