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Brasília, 18 de março de 2007.

AMEAÇA DE EXTINÇÃO

  Seria correto afirmar que a fé está em extinção no mundo?
  Como dizer que ela está em extinção quando há tantas religiões sendo professadas por toda a parte? Dizem que elas chegam aos milhões. Sem contar as pessoas que não se declaram adeptas de nenhuma religião, mas que adotam as crenças de várias delas. De certa forma, essas pessoas acabam sendo mais religiosas do que as que só professam uma única religião. E as pessoas que creem em horóscopo, numerologia, quiromancia, mau olhado, e tantas outras superstições, não estarão, com isso, manifestando certo tipo de fé? Parece, então, que o problema do mundo não é a falta e sim o excesso de fé.
  O curioso é que Jesus certa vez perguntou: “Quando, porém vier o Filho do Homem, porventura achará fé na terra?” (Lucas 18.8). Se Ele perguntou é porque, ao aproximar-se o tempo de sua vinda, a fé estaria ameaçada de extinção. Como explicar isso? Será que está muito longe a vinda de Jesus? Será que o que parece ser fé não é fé? Penso que o foco da questão é exatamente este: a fé que interessa a Jesus não é essa que é tão comum hoje em dia.
Jesus, “o Autor e consumador da fé” (Hb 12.2), veio a este mundo trazer-nos a revelação do poder, da sabedoria e do caráter de Deus, de forma que nós pudéssemos, não apenas crer na existência d’Ele, mas exercer uma confiança absoluta n’Ele.
Na verdade, a crença em vários deuses é a negação da fé no Deus verdadeiro. O mesmo se pode dizer da crença em que a posição dos astros no céu determine o nosso destino. Ou que o traçado das linhas das mãos, o somatório de um valor associado às letras do nosso nome, as forças do acaso, os desejos maléficos de alguém, ou qualquer outra coisa desse tipo tenha esse poder.
  E porque há tantas distorções da fé hoje em dia? Justamente porque isso faz parte do combate à verdadeira fé. Pensando que têm fé, sem a ter, as pessoas ficam mais imunes à verdadeira fé.
  Existem outras formas de combate à fé acontecendo e com muita intensidade. Uma delas é a pura e simples negação da existência de Deus. Ela é antiquíssima, mas ainda funciona. Ainda existem muitos indivíduos néscios o suficiente para dizerem: “Não há Deus” (Sl 14.1). Só que agora, eles contam com poderosos meios de comunicação para difundir sua insensatez.
  Também não é novidade a existência de uma “falsamente chamada ciência” (I Tm 6.20). Ela é falsa até porque a verdadeira ciência não se opõe à verdadeira fé. Foi Deus quem deu ao homem a capacidade de raciocinar e de pesquisar. Quando Deus disse ao homem e à mulher recém-criados: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeita-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”, claro está que lhes havia dado o potencial e a liberdade necessários para desenvolverem-se intelectualmente. O crescimento da ciência humana é, portanto, uma determinação divina. Tanto que a Bíblia já anuncia a cerca de dois milênios e meio: “A ciência se multiplicará” (Dn 12.4). Agora, a exemplo do que faz com o sol, a lua e os astros, dádivas de Deus, o ser humano se volta para a ciência, para endeusá-la.
  Quem tem a bênção da verdadeira fé em seu coração, deve cuidar dela com muita diligência pois ela é “mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo” (I Pe 1.7). Ela é a garantia de nosso triunfo, pois “esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (I Jo 5.4). Sigamos o exemplo do nosso amado irmão Paulo que, ao final da vida, pôde dizer:
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” II Tm 4.7

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