Brasília, 25 de fevereiro de 2007.
Qual é a causa de tantos assaltos, sequestros, extorsões mediante simulações de sequestros, tantos e tantos latrocínios, atropelamentos absurdos, e tudo isso que a mídia anda chamando de “violência urbana”?
Seria o desemprego? Acho que afirmar isso seria uma afronta aos desempregados, já que entre eles uma infirma maioria opta pela vida do crime (ainda bem).
Seria a pobreza? Não pode ser. Felizmente, também, se pode dizer que os pobres, em geral, são pessoas honradas. E os chefões do crime são pessoas “podres de ricas”, podres em mais de um sentido. E muitos, mesmo não sendo gerentes do crime, têm muito dinheiro. Já acumularam muito dinheiro roubado e continuam roubando.
Seria o analfabetismo ou a pouca instrução escolar? Não. Há muita gente praticando a violência mesmo possuindo um bom grau de escolaridade.
Ninguém pode discordar da afirmação de que os que praticam a violência são pessoas que não amam os seus semelhantes. Se os amassem, ou, se tivessem um mínimo de respeito por eles, não os maltratariam. A verdade é que essas pessoas não amam nem a si próprias. A prova disso é a maneira irresponsável com que cuidam da própria vida, o que se reflete na alta mortalidade e no alto grau de mortes prematuras que há entre elas.
Por incrível que pareça, a mídia, que se mostra tão indignada e que parece combater a violência de maneira tão veemente, é a principal promotora dela. E eu não estou me referindo apenas à intensa exposição da violência como forma de entretenimento. Parece que essa já nem é mais o maior problema. O maior problema é o incentivo ao desrespeito das pessoas para consigo mesmas e para com as outras pessoas.
Os meios de comunicação estão apregoando que sexo não precisa ter nada a ver com amor. A atividade sexual, algo que envolve as pessoas de maneira tão profunda e que marca tão fortemente suas vidas, tem sido banalizada ao extremo. Coisas esdrúxulas como “sexo casual”, a sublime palavra “amor” como sinônimo de qualquer tipo de ato sexual, a infidelidade conjuugal vista como algo positivo, tudo isso é promovido pela mídia, sem nenhum pudor.
Praticar sexo sem amor e sem compromisso é falta de respeito para consigo mesmo e para com a outra pessoa envolvida.
A banalização do sexo conspira contra a instituição familiar. E aí está outro fator ligado à disseminação da violência. Lares estáveis, bem estruturados, são fundamentais para que as pessoas aprendam a amar, verdadeiramente, e, consequentemente, a respeitar seus semelhantes. Não existe escolha melhor. E não há nada que a possa substituir. Não adianta tentar outra alternativa. A família foi idealizada por Deus, Aquele que nos criou e sabe o que é melhor para nós. Mas as pessoas não querem saber de Deus. e aí está a origem de tudo. Sem Deus as pessoas não têm um referencial de caráter, de justiça, de amor.
Essa sociedade assustada, desesperançada, triste, precisa de Deus.
O meio que Deus estabeleceu para que as pessoas O conheçam vivam em sua comunhão é o Evangelho. A maneira mais eficaz, ou melhor, a única maneira de se combater a violência é viver o evangelho e proclamar o Evangelho. Você está fazendo isso?