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Brasília, 28 de janeiro de 2007.

QUERENDO AGRADAR

  José era o décimo primeiro filho varão do patriarca Jacó. Além de seus dez irmãos mais velhos ele tinha ainda uma irmã e um irmãozinho mais novo. Apesar de haver perdido sua mãe, Raquel, ele contava com a assistência de três mulheres, mães de seus irmãos mais velhos, e também com um carinho e uma atenção muito especial da parte de seu pai.
  Como toda pessoa normal José dormia e tinha sonhos. Quando algum sonho o impressionava mais, ele o compartilhava com as pessoas mais velhas. Por duas vezes ele acordou impressionado com coisas que havia visto em sonhos. Em ambas as ocasiões ele aparecia como uma espécie de líder entre seus familiares. Até então eram meros sonhos, mas os irmãos de José se aborreciam sobremaneira só de ouvir falar no assunto. “Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós?” perguntavam eles cheios de indignação. Na verdade, era mais que indignação: era ódio mesmo.
  Certo dia José foi encontrar-se com seus irmãos em um lugar deserto, até para ser útil a eles mesmos. O que se lê em Gênesis 37.18-19 é o seguinte: “E, viram de longe e, antes que chegasse a eles, conspiraram contra ele para o matarem”. Agora preste bem atenção ao que está escrito no verso 20: “E disseram uns aos outros: eis lá vem o sonhador-mor! Vinde, pois agora, e mantemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas e diremos: uma besta fera o comeu; e veremos que será dos seus sonhos”. Veja que neste versículo há dois pensamentos: um, expressa a decisão de tirar a vida de José e o outro a certeza de que, assim, seus sonhos jamais se realizariam.
  É claro que José não ouviu as confabulações iniciais de seus irmãos. Mas, se as ouvisse como se sentiria? Trazendo a situação para a sua vida e para a minha, como você se sentiria se ouvisse um grupo de pessoas hostis decidindo tirar-lhe a vida? Dá arrepios só de pensar, não é mesmo? Aí você diz: “Cruz credo”. Se for evangélico talvez diga: “Tá amarrado, vira essa boca pra lá pastor”.
  É. Ouvir palavras ameaçadoras, ainda mais quando as ameaças são no sentido de tirarem a nossa própria vida, não é nada agradável. Mas eu tenho uma mensagem de Deus para você. E a mensagem é essa: se você tem comunhão com Deus, não se impressione com ameaças. Ninguém consegue fazer mal a um filho ou a uma filha de Deus. Muitas vezes os ímpios se atrapalham até nas próprias ameaças que nos fazem. Vamos ver como é que isso funciona.
  Voltemos a Gênesis 37:20. A segunda parte dele é: “Veremos que será dos seus sonhos”. O que é isso? Uma ameaça? Uma maldição? Uma sentença de morte? Poderia ser tudo isso, mas Deus transformou numa profecia. Note o detalhe: o segundo pensamento anulou o primeiro. O primeiro pensamento foi: “Vinde, pois agora, e mantemo-lo, e lancemo-lo numa dessas covas”. Mas quando eles disseram: “Veremos que será dos seus sonhos” colocaram em marcha o plano de Deus com respeito a exaltação de José. Daí para frente, tudo o que eles fizeram contribuiu para que José chegasse ao lugar de Primeiro ministro do Egito, o maior império da época. Da decisão de matar José passaram para a determinação de vendê-lo como escravo, o que acabou por levá-lo para bem pertinho do trono. Inicialmente como um cativo, é verdade, mas já inserido na região onde os acontecimentos melhores e mais importantes de sua vida haveriam de acontecer.
  Viu só como funcionou? É sempre assim: quando nos submetemos à vontade de Deus, ninguém consegue impedir a realização de Seus propósitos em nossa vida. Podemos ameaçar conspirar, aprontar o que quiserem. Nosso Maravilhoso Pai cuidará para que tudo convirja para a realização dos seus projetos em nós.

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