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Brasília, 21 de maio de 2006.

DUAS FICÇÕES NADA INOCENTES

  O “Evangelho de Judas” e o “Código da Vinci” são as “novidades” que estão agitando o mercado de livros e, no caso do último, também as bilheterias de cinema. Eu escrevi “novidades” assim, entre aspas, porque esse tipo de coisa não chega a ser, propriamente, uma novidade.
  Não é novidade alguém criar e explorar algum tipo de sensacionalismo para tirar vantagens financeiras. Também não é novidade dizerem mentiras a respeito de Jesus, com o objetivo de denegrir sua pessoa nem conduzirem por aí algum papel antigo querendo equipará-lo com a Bíblia Sagrada só por ser antigo. Nada é confiável só por ser antigo. Aliás, a Bíblia chama um certo personagem, nada confiável, de “antiga serpente” (Apocalipse 20.2).
  O simples fato de o tal “Evangelho de Judas” ser datado do segundo século de nossa era já desmonta sua pretensão de ser um livro sagrado. Quanta fantasia, quanta distorção da história de Jesus pode acontecer ao longo de um período de dois séculos! E aconteceu mesmo. O tal livro é tão fantasioso que, já no ano 180dC, foi condenado por Irineu de Lyon, um dos chamados Pais da Igreja.
  Na Epístola de Paulo a Tito, no capítulo 1º, verso 14, os cristãos são alertados para não dar ouvidos às fábulas judaicas. Ou seja, no início da Era cristã já existiam coisas fictícias, produzidas pelo povo judeu, e que causavam confusão na cabeça das pessoas. Certamente, eram relatos antigos e disputavam lugar entre as fontes de referência para a vida religiosa.
  O “Código da Vinci” é outra baboseira. Qualquer pessoa que se disponha a analisá-lo com um pouquinho de seriedade vai encontrar nele um número enorme de “furos”. Claro que a trama é razoavelmente bem construída, se não fosse não resultaria num dos maiores fenômenos editoriais de todos os tempos. Esse livro do escritor americano Dan Brown já vendeu mais de 60 milhões de exemplares em todo o mundo. Só no Brasil já vendeu mais de 1,1 milhão de cópias. A partir dessa semana começa a faturar cifras milionárias também nos cinemas. Mas nada disso o torna verdadeiro. Nem inocente. Ele é, pura e simplesmente, uma grande calúnia contra o Filho de Deus. Ninguém faz isso impunemente. Nenhum cristão verdadeiro pode concordar com isso ativa ou passivamente. Repudiemos tal obra e afastemo-nos dela.

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