Brasília, 26 de março de 2006.
Recentemente, numa entrevista que um jornal evangélico me fez perguntaram-me qual foi o maior desafio que nossa igreja já enfrentou. Respondi que não saberia dizer, exatamente, qual foi o nosso maior desafio, mas que a participação na compra de uma emissora de rádio FM foi, certamente, um dos maiores.
A verdade é que já enfrentamos muitos desafios grandes. Enviar missionários para diversos países, inclusive fora do continente Americano, assumir a manutenção de uma escola teológica, garantir o funcionamento de três instituições filantrópicas, asfaltar o pátio de nosso templo, construir o edifício Neuza Pereira de Jesus, encarar, junto com duas igrejas a aquisição da emissora de rádio, são exemplos de coisas que, na época em que nos dispusemos a fazer, nos pareciam impossíveis. Com fé em Deus, com muito amor e com enormes sacrifícios, chegamos até aqui.
No serviço do nosso Mestre sempre haveremos de enfrentar desafios. Claro que, muitas vezes, ficamos assustados. Aliás, se não assustar, se não parecer impossível ou, pelo menos, muito difícil, não é desafio.
Falando em desafios, três coisas precisam ser entendidas. Primeira: nenhuma pessoa e nenhuma instituição fará nada relevante neste mundo caso se limite a fazer apenas o que é fácil e comum. Segundo: o cristianismo foi criado para enfrentar desafios. Jesus, os apóstolos, a Igreja Primitiva, os cristãos dos séculos passados, enfrentaram desafios enormes e é por isso que a Palavra de Deus chegou até nós. Lembremo-nos de que foi a um punhado de homens pobres, desacreditados e hostilizados que o Senhor Jesus ordenou: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura”. Quer desafio maior do que este?
Finalmente, lembremo-nos dos desafios que nós mesmos já enfrentamos e vencemos. O mesmo Deus que nos deu vitória no passado é o que nos conduzirá em triunfo agora e sempre. Assim como Davi que, antes de enfrentar o gigante Golias disse: “O Senhor me livrou da mão do leão, e da do urso; ele me livrará da mão deste filisteu” (I Sm 17.37).