Brasília, 19 de março de 2006.
Eu gosto de uma estória que contam de uma irmã que nunca falava mal de ninguém. Certo dia, para experimentá-la, perguntaram-lhe o que ela achava do diabo. A resposta dela foi: “Se todo cristão trabalhasse tanto quanto ele o mundo já teria sido evangelizado por completo”.
Pois é: o diabo trabalha muito fazendo o mal. Nós precisamos trabalhar muito fazendo o bem.
Há algumas semanas, ministrei num domingo pela manhã acerca dos “Cabras da Peste”. Eu falei sobre as pestes que têm surgido em nossos dias e sobre o fato de que elas são resultado do desequilíbrio que o pecado produziu no mundo. As pestes são agravadas pela atitude irresponsável dos seres humanos, os “Cabras da Peste”. Eles agem de forma inconsequente, tanto em relação ao meio ambiente como em relação à vida em geral e, com isso, provocam situações que acabam ficando fora de controle.
Uma das características das pestes é que elas se alastram rapidamente. Com a globalização da sociedade humana, essa característica tem-se agravado extraordinariamente. As pestes, agora, se alastram muito mais rapidamente.
O apóstolo Paulo foi, certa vez, chamado de “uma peste” (Atos 24.5). Provavelmente, o fato de a mensagem do apóstolo ser muito contagiante foi o que levou seus perseguidores a dar-lhe tal designação.
Acho que nós podemos acrescentar mais “pestes” às que estão acontecendo no mundo. Assim como o apóstolo, nós podemos contagiar o meio em que vivemos com a abençoadora mensagem do Evangelho. Através de nós, o mundo pode ser “contaminado” pela “peste do bem”. Tenho certeza de que as nossas “pestes” podem amenizar e até neutralizar o efeito das pestes malignas. Façamos isso. Trabalhemos por isso. Trabalhemos muito. Trabalhemos mais do que os “Cabras da Peste”. Trabalhemos até mais do que o diabo.