Brasília, 10 de julho de 2005.
Crises são sempre momentos de tensão, de preocupação, de incertezas. As incertezas produzem o medo de que aconteça o pior, de que as coisas terminem mal.
Embora nós não gostemos delas, as crises são normais na vida de qualquer pessoa, na história de qualquer família ou país. A arte de viver bem inclui a administração correta das crises.
As crises não precisam terminar mal. Se conduzidas adequadamente, podem até trazer muitos benefícios, exteriores a nós e em nosso próprio ser.
Depois da crise com seu sogro Labão, Jacó pôde consolidar bem a estrutura de sua própria família, acertar algumas pendências que tinha em relação ao seu passado e receber o nome de Israel (veja Gênesis, capítulos 31 a 33). Após a crise do recrudescimento da escravidão egípcia, o povo de Israel pôde conhecer o poder e o amor de Jeová e tonar-se uma nação soberana (Êxodo, capítulos 1 a 15). Após a crise no relacionamento entre Paulo e Silas, a Igreja passou a contar com duas frentes de ação missionária (Atos 15.39-41). Após a controvérsia acerca da circuncisão dos gentios, o cristianismo afastou definitivamente a ameaça de se tornar numa mera seita do judaísmo (Atos, capítulo 15).
Quem crê e confia em Deus, nos momentos de crise não se desespera. Através da oração, busca orientação e forças no Senhor (Is 50.10). isto posto, faz o melhor que pode, na realização daquilo que lhe compete fazer. Se a crise é na família ou em algum outro grupo social de que faça parte, intercede também pelas pessoas que têm maior poder de decisão com respeito à dificuldade que se esteja vivendo. Era sobre isto que Paulo estava falando quando escreveu:
“Admoesto-te pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador! I Timóteo 2.1-3”