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Brasília, 5 de dezembro de 2004.

PARE, OLHE E SIGA

  Doze homens saíram de um lado e doze saíram do outro, dispostos a brigar. Cada um escolheu um oponente e, como se diz lá na Bahia, “enfiou-lhe a faca no buxo”. Resultado: morreram todos. O lugar onde isso ocorreu ficou conhecido como “o campo das facas amoladas”. Não, esse campo não é na Bahia e nem na Paraíba, ele fica na Palestina. Essa história está narrada em II Samuel, capítulo 2, versos 12 a 32.
  Os vinte e quatro esfaqueados não foram os únicos que morreram naquele episódio. A Bíblia diz que, ao final, pereceram trezentos e oitenta soldados. Como se pode imaginar, havia gente morta para todos os lados. Assim, encontrar um cadáver por ali não era nenhuma novidade. Mas o versículo 23 do capítulo aqui citado contém um detalhe curioso. Ali se diz que, num determinado local do cenário de combate, todas as pessoas paravam diante de um cadáver.
  Veja só: em pleno combate, as pessoas parando por causa de um morto! Bem, havia uma razão para isso: o homem ali caído não era uma pessoa qualquer. Era um dos combatentes mais valorosos e era irmão de um general.
  A verdade é que uma pessoa morta sempre causa impacto. A realidade da morte é sempre chocante e nos leva a refletir. E se nos deparamos com uma pessoa querida, morta, não há como evitar os sentimentos de perplexidade e tristeza.
  Mas, em que pesem as atenuantes já mencionadas, não deixa de ser inusitado que, no corre-corre de uma guerra, os combatentes pare por causa de um companheiro morto. Confesso que até eu mesmo parei, no versículo 23 do capítulo 2 do 2º livro de Samuel, diante do cadáver de Asael, o homem que “era ligeiro de pés, como uma das cabras monteses que há no campo”. Mas depois segui minha leitura porque, afinal, também não poderia ficar ali parado, tendo tantas outras coisas para ler na Bíblia.
  Há um outro morto, mencionado nas Escrituras Sagradas, que tem feito muita gente parar. É aquele homem, crucificado entre dois mal feitores, no alto do monte Calvário. Em dois mil anos de História, milhões e milhões de pessoas, em todo o mundo, têm parado diante d’Ele. Foi a morte mais espetacular, mais chocante e mais incompreensível de todos os tempos. Diante daquele quadro todos temos que parar.
  Mas atenção: não fique parado o tempo todo diante do Cristo morto. Sabe por quê? Porque Ele não está mais morto. Não é preciso chorar nem lamentar sua morte: Ele ressuscitou e vive para sempre!
 No mesmo livro de 2º Samuel existe outro caso de cadáver cuja presença fazia com que as pessoas parassem. No capítulo 20, verso 12 está escrito: “E Amasa estava envolto no seu sangue no meio do caminho. E, vendo aquele homem que todo o povo parava, desviou a Amasa do caminho para o campo, e lançou sobre ele um manto, porque via que todo aquele que chegava a ele parava”. Veja bem: foi necessário afastar o morto da vista do povo para que o combate continuasse.
  Voltando ao caso da morte de Jesus, ela nos deve fazer parar até ao ponto em que nos leve a arrependermo-nos dos nossos pecados e a tomar a decisão de começar uma vida nova. Assim, a virtude, da ressurreição do Senhor encherá o nosso ser e nos capacitará a continuar nossa jornada vitoriosamente.
  Cuidado para não ficar paralisado diante de um Jesus morto, pois isso não faz o menor sentido. Avante: vamos seguir ao Cristo Vivo!

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