Brasília, 7 de dezembro de 2003.
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“Com sua voz troveja Deus maravilhosamente…” (Jó 37.5 a). aqui está um texto bíblico em que o trovão é associado à voz de deus. Existem vários outros como, por exemplo, Salmos 29.3: “A voz do Senhor ouve-se sobre as águas; o Deus da glória troveja; o Senhor está sobre as muitas águas”.
Sabendo que o trovão é um fenômeno físico, facilmente explicado pela ciência humana, algumas pessoas dizem que a Bíblia é um livro de gente atrasada porque diz que o trovão é a voz de Deus.
Bem, primeiro a Bíblia não diz que o trovão é a voz de Deus e, sim, que a voz de Deus é como um trovão. Nem todo o trovão é a voz de Deus, mas, muitas vezes, o Senhor faz soar sua voz como uma trovoada.
Por outro lado, o trovão é sempre uma manifestação do poder de Deus. E como é um fenômeno sonoro, é uma manifestação audível, é uma voz, da qual somos lembrados da grandeza do Criador. O fato de a ciência humana saber como o trovão aparece não elimina a sua grandeza.
O trovão, em si, já é uma manifestação do poder de Deus. Além disso, muitas vezes o Senhor utilizou e ainda utiliza os trovões para interferir na história humana. Quando quer, Deus faz trovejar no lugar certo na hora certa.
Há um homem na Bíblia, cuja vida está muito associada aos trovões. É o profeta Samuel. Acho esse detalhe muito curioso. Quando ele nasceu, sua mãe, Ana, já profetizou sobre isso: “Os que contendem com o Senhor serão quebrantados; desde os céus trovejará sobre eles” (I Samuel 2.10).
Veja o que acontece quando Samuel começa e exercer sua liderança sobre o povo: “E sucedeu que, estando Samuel sacrificando o holocausto, os filisteus chegaram à peleja contra Israel; e trovejou o Senhor aquele dia com grande trovoada sobre os filisteus, e os aterrou de tal modo que foram derrotados diante dos filhos de Israel” (I Samuel 7.10).
Quando Samuel chega ao final do seu trabalho como governante, pressionado pelo povo que queria um rei, ele faz uma convocação nos seguintes termos: “Ponde-vos também agora aqui, e vede esta grande coisa que o Senhor vai fazer diante dos vossos olhos. Não é hoje a cega dos trigos? Clamarei, pois, ao Senhor, e dará trovões e chuva; e sabereis e vereis que é grande a vossa maldade que tendes feito perante o Senhor, pedindo para vós um rei” (I Samuel 12.16,17). O verso 18 registra: “Então invocou Samuel ao Senhor, e o Senhor deu trovões e chuva naquele dia; pelo que todo o povo temeu em grande maneira ao Senhor e a Samuel”.
Não é toda hora que Deus se utiliza dos trovões para apoiar seus servos. Mas quando for preciso, ele o fará. Porém não nos esqueçamos de que esse é apenas um dos milhões de recursos que o Senhor pode usar. Quando quer, Ele opera através dos ventos, da chuva, dos terremotos, dos animais e até dos homens. Uma coisa é certa: Ele tem o instrumento adequado para cada momento e para cada circunstância. Tudo o que temos de fazer é confiar n’Ele e deixá-lo agir como quiser. Faça isso e não se surpreenda se, de repente, um trovão ribombar nos céus para mostrar que Deus está ao seu lado e o seu poder é maior que tudo. Amém.