Brasília, 27 de julho de 2003.
CONFUSÃO DE PALAVRAS
Tenho grande apreço pelos nossos irmãos que se dedicam à política. Claro, por aqueles que o fazem de maneira honesta, visando ao bem de nosso povo. Eu creio que há necessidade de cristãos autênticos em todos os setores da sociedade, inclusive nos cargos eletivos do poder Executivo e Legislativo.
A carreira política é árdua. É duríssima. São campanhas eleitorais cansativas, pressões de todos os lados durante o exercício do mandato, perseguições, incompreensões e cobranças nem sempre justas.
Há vezes, até quem quer agradar aos nossos irmãos políticos termina por agredi-los.
Um irmão nosso, exercendo o mandato de Deputado Federal, era candidato à reeleição. Como normalmente acontece, visitou uma igreja no interior do seu Estado, para cultuar a Deus e manter contato com aqueles que eram seus eleitores mais naturais. Os irmãos ficaram tão contentes! O pastor não sabia o que fazer para expressar todo o seu contentamento.
Chega a hora de dar as boas-vindas aos visitantes. O dirigente do culto esmera-se para expressar a hospitalidade da congregação. Capricha no vocabulário. Quando chega o momento de apresentar o mais ilustre dos visitantes, ele diz: “Nesta noite temos a honra e alegria de receber nosso irmão fulano de tal. Todos aqui sabem que ele é Deputado Federal. Realmente é muita gentileza de sua parte visitar nossa pequena cidade e comparecer à nossa humilde congregação, pois é um homem conhecido e reconhecido em todo o nosso País. Além do mais nosso irmão é também um demagogo”.
Bem, o que o empolgado dirigente queria dizer é que o ilustre visitante, além de Deputado Federal, era pedagogo.
É muito perigoso utilizar-se palavras cujo significado não se conheça muito bem. Assim é nos assuntos corriqueiros da vida. Assim é também nos assuntos espirituais.
Na área espiritual precisa-se ter muito mais cuidado com o emprego das palavras. Um mal-entendido, nesse caso, pode causar prejuízos eternos.
Há quem confunda “novo nascimento” com “reencarnação”. Uns até citam, indevidamente o capítulo 3 do Evangelho de João como suposto fundamento para igualar esses conceitos. Basta ler com atenção os versos 5 e 6 do mesmo capítulo para verificar que uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Outra confusão, perigosíssima: confundir “idolatria” com “veneração”. Ajoelhar-se diante de uma figura ou estátua e fazer-lhe orações não é veneração, é idolatria mesmo. Se isso não é idolatria, o que seria idolatria?
Outra palavrinha que anda muito desgastada: “ciência”. Há muita coisa por aí que estão chamando de ciência e que, na verdade, é falsa religião. É falsa ciência e falsa religião.
A advertência feita pelo Apóstolo Paulo a seu discípulo, registrada e I Timóteo 6, versos 20 e 21 servem para nós também:
“Ó Timóteo, guarda o depósito que foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e Às aparições da falsamente chamada ciência. À qual a professando alguns, se desviaram da fé. A graça seja conosco. amém”!