plv0310

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Brasília, 12 de janeiro de 2003.

O VERSÍCULO NÃO ESTAVA NA BÍBLIA

  Uma igreja do Distrito Federal estava realizando uma vigília de oração. Na alta madrugada uma vigília de oração. Na alta madrugada o dirigente observou que os participantes estavam um tanto sonolentos. Que fazer para despertar o povo?
  “Irmãos, agora cada um de nós vai recitar um versículo da Bíblia. Pode ser qualquer versículo. Não importa que se repita um ou outro que alguém já tenha dito. Começando lá do último banco, cada um vai colocar-se de pé, dizer o seu versículo em voz alta, e sentar-se. Depois a pessoa que estiver ao lado, depois a outra, passando para o banco da frente quando todos os ocupantes de um banco tiverem recitado, até chegar aqui no púlpito”.
  Ótima ideia! Para se lembrar de um versículo, a pessoa tem que despertar. Quando recitar, mais despertado fica. E ouvir várias pessoas falando, uma após a outra, também ajuda muito.
  Começar pelo último banco foi uma grande jogada. É por lá que o sono costuma chegar primeiro.
  A coisa andou até bem. O problema foi quando chegou a vez dos que estavam no púlpito, ajudando a dirigir a vigília. Ocorre que ali estava um obreiro “pra lá de Bagdá”, de olhos fechados, fingindo que estava orando. De repente, ele acordou e viu que todos estavam olhando para ele. Era sua vez de dizer um versículo. Não deu tempo nem de pensar. Ele se levantou e falou bem alto: “Jesus vem em breve!”
  Para fins de despertar o povo até que foi bom. Todos caíram na gargalhada.
  Que Jesus vem breve vem mesmo. Mas não há nenhuma versão da Bíblia que contenha exatamente as palavras “Jesus vem breve”.
  Há outros versículos apócrifos muito citados por aí. Por exemplos: “Dê um passo para Jesus que ele dá dois para você”. “Quem não vem por amor, vem pela dor”. “De 1.000 passará, mas a 2.000 não chegará”. Aliás, até já passamos do ano 2.000. talvez agora apareça “de 2.000 passará, mas a 3.000 não chegará”.
  Um verso apócrifo do tipo “A esperança é a última que morre” pode até ser inofensiva. Mas é preciso ter o máximo de cuidado com certas “citações” das Escrituras que aparecem por aí. Uma alteração sutil pode ser fatal.
  Quanto mais uma mentira se parece com a verdade mais perigosa ela é. Uma mentira acerca de assuntos espirituais tem consequências espirituais. Pode causar prejuízos eternos.
  Em II Pedro 3.15, 16 está escrito (pode conferir):
  “E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente às outras Escrituras, para sua própria perdição”.

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