Brasília, 22 de setembro de 2002.
Há um José da Bíblia do qual pouco se fala. E, de acordo com Mateus 27.57, era um discípulo de Jesus. Ainda com base nesse mesmo versículo, sabemos que ele era um homem muito rico. E tem mais aquele prestou um grande serviço à comunidade cristã de seu tempo e, por extensão, aos cristãos de todos os tempos. No entanto, se fala pouco de José de Arimatéia. Será que é porque ele era político? Sim, ele era senador. A situação dele é a mesma de todos os políticos: as pessoas se lembram dele quando têm alguma necessidade. Depois que conseguem o que querem se esquecem deles. Se, no futuro, eles deixarem de atender a algum outro pedido, aí passam a falar mal deles.
Jesus foi crucificado como um criminoso comum. Seu corpo teria o destino de qualquer bandido se o senador José não entrasse no circuito. Como ele era uma grande autoridade, não precisou marcar audiência nem esperar nenhuma burocracia para ver sua reivindicação ser adentado. Dói ele que comprou um lençol especial para envolver o Cristo morto e foi dele o sepulcro cavado na rocha que recebeu o corpo que haveria de ressuscitar. Excelentíssimo Senhor Senador José de Arimatéia, o gesto de Vossa Excelência merece nossos aplausos mais efetivos. A comunidade dos cristãos de todos os tempos agradece o gesto corajoso de Vossa Excelência!
Graças a Deus temos “José de Arimatéia” entre os verdadeiros cristãos de nosso tempo. São discípulos de Jesus, ocupam cargos de grande projeção na sociedade e são pessoas honradas.
Uma certa vez, estávamos discutindo estratégias para conseguir que pessoas de fé evangélica ocupassem cargos nos poderes Legislativo e Executivo. Alguém que era contra se manifestou dizendo: “Eu não concordo que irmãos nossos ocupem cargos públicos porque nos ambientes em que se exercem tais cargos existe muita corrupção”. Alguém então contra-argumentou “Se naqueles ambientes existe muita corrupção, é justamente porque faltam lá os verdadeiros cristãos”.
Lamentavelmente, alguns cristãos evangélicos têm dado mal exemplo, ao ocuparem cargos públicos. Mas isso não invalida o excelente trabalho que muitos outros têm realizado. A liberdade de culto que desfrutamos em nosso país, devemos, em grande parte, à atuação corajosa de servos de Deus nas esferas políticas. É pena que nós prestemos muita atenção às coisas erradas que alguns fazem e pouca atenção aquilo que outros têm realizado em prol da defesa da família, do combate aos vícios, da promoção do ser humano de maneira integral. Quase nada se fala de José de Arimateia.
Devemos dar graças a Deus pelos bons políticos evangélicos que há em nosso país e também orar incessante por eles. Já que eles ocupam posições tão importantes em nossa sociedade, é natural que o diabo os queira corromper ou tirá-los de onde eles estão a qualquer custo. Devemos também orar e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que mais e mais servos de Deus ocupem posição de liderança em nossa sociedade, seja na política, na área empresarial, enfim em todos os setores relevantes, para a glória de Deus.