Brasília, 9 de junho de 2002.
“E quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós: antes vos ensinarei o caminho bom e direito” I Samuel 12:23
Deixar de orar pelos outros é pecado?
O profeta Samuel impôs a si mesmo o dever de interceder pelos seus concidadãos. Era algo que ele levava tão a sério que até considerava como pecado não fazer. E olhe que aquelas pessoas foram muito ingratas para com o profeta, homem que havia dedicado uma vida inteira de serviço em benefício delas. Mesmo assim ele continuou fiel ao propósito de orar por elas intercessoriamente. Que belo exemplo!
A coisa mais importante da vida é amar (I Co 13.13). Amar a quem nos ama e a quem nos odeia (Mt 44-48). Amar é querer bem. É empenhar-se para que a pessoa amada seja feliz. É estar disposto a sacrificar-se pelo bem da pessoa amada. E, repetindo: a pessoa amada não deve ser apenas a(o) namorada(o), a(o) noiva(o), o cônjuge ou o amigo chegado. Pode e deve ser qualquer pessoa.
O contrário do amar é o egoísmo. É pensar apenas em si mesmo. Como muitas pessoas, mesmo muitos cristãos fazem hoje em dia.
O egoísmo muitas vezes, se reflete até em nossas orações. Quando nossas orações se referem apenas às coisas que nos dizem respeito, estamos sendo egoístas.
São terrivelmente egoístas as orações desses cristãos que só sabem pedir coisas para si mesmos: emprego, saúde, bens materiais.
Aprendamos com Samuel. Deixemo-nos envolver pelo amor de Deus e empenhemo-nos pelo bem de nossos contemporâneos. Peçamos salvação para os perdidos, força e proteção para os que estão pregando o Evangelho, bênçãos para as outras nações além da nossa. Mesmo na dor e sofrimento, oremos por quem sofre mais do que nós e até por quem sofre menos, como fez aquele outro servo de Deus, o profeta Jó (Jó 42:10).
Que nossas orações reflitam a presença do genuíno amor de Deus em nossos corações!