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Brasília, 14 de novembro de 1999.

  Por que há tanto desrespeito à vida humana no Brasil? Por que tantos latrocínios? Por que tantas chacinas?
  Sempre há quem diga que a origem da violência é a pobreza. Mas será que só os pobres matam? Todos os pobres são violentos? Claro que não.
  A verdadeira origem da violência está no egoísmo que é sinônimo de desamor. Os meios de comunicação que mostram tanta perplexidade diante das tragédias provocadas pelas mentes criminosas são os principais promotores do egoísmo. Você gosta de beber? Beba. Não se importe se sua embriaguez vai trazer prejuízo para outra pessoa. É adepto ao fumo? Fume. Você não tem que se preocupar com as reclamações daqueles que são obrigados a respirar os dejetos de seu vício.
  Não há nada mais prejudicial ao bem estar da sociedade do que o desrespeito aos compromissos familiares tão incentivados pela mídia. O adultério e as separações conjugais são mais que tolerados, são incentivados. “Faça o que lhe dá mais prazer”, é o lema. Mães tratam os filhos que trazem no ventre como coisas. Quando não lhes negam o direito de nascer, sem um pingo de remorso, dão-lhes à luz, mas reservam para eles um relacionamento que não vai além do superficial, sem nenhum envolvimento de alma. Não admira que cresçam como seres sem alma e que encarem os seus semelhantes sem nenhum respeito, consideração ou reverência. Aliás, “irreverência”, tornou-se algo positivo, recomendável, importante.
  Como membros do Corpo de Cristo, precisamos estar vigilantes para não assimilarmos a maneira de ser da maioria das pessoas do nosso tempo. “Não vos conformeis com este mundo”, nos adverte a Palavra de Deus. Salguemos e iluminemos esta sociedade tão corrompida.