Brasília, 07 de novembro de 1999.
O crescimento do número de pessoas que professam a fé evangélica no Brasil tem incomodado a muita gente. E não é para menos. Mais gente nas igrejas evangélicas é menos gente nos bares, nas boates, nos motéis, nas casas de jogos, nos consultórios dos esotéricos, nas casas onde se vendem ídolos, enfim, é muito freguês de menos para muitos “negócios”. Muitas gravadoras vão vender menos, cai o faturamento das fábricas de cigarros, os comerciantes de isqueiros e até de cinzeiros saem perdendo. É claro que essa gente toda vai chiar e vai fazer tudo para nos deter.
Denuncias falsas contra segmentos evangélicos não nos podem imitar. Mesmo se uma ou outra denúncia tiver fundamento, não será suficiente para nos causar perplexidade. Maus cristãos, falsos pastores, grupos mal orientados, ou cometendo erros por ignorância ou mesmo por descuido, sempre houve e haverá (Mt 18.7, I Co 11.19). Também o aparecimento de “Mega-Stars” entre os grupos que nos querem fazer frente, ou a realização de grandes shows promovidos por eles, nada disso vai impedir que vidas abram seus corações para a pregação que milhares e milhares de igrejas evangélicas fazem por esse Brasil a fora a cada semana.
As pessoas estão com fome de Deus. Uma fome que santos, que viveram no passado, falsos ou verdadeiros, jamais poderão saciar. Só o Cristo Vivo, adorado em espírito e em verdade, pode satisfazer. A mentira tem pernas curtas e as pessoas percebem que o perdão superficial, as promessas de salvação para depois da morte, a convivência para com a tentativa de agradar a Deus e ao diabo ao mesmo tempo, é tudo falso. O uso dos nossos hinos, ao invés de ajudar a manter as pessoas no engano, com certeza produzirá o efeito inverso. Preparemo-nos para o maior crescimento do Evangelho da história do Brasil.
Mas tomemos cuidado para não nos envaidecer e para não confiarmos em nós mesmos. Isso sim, devemos temer.