Brasília, 07 de março de 1999.
O dólar subiu. Pânico geral. Para quem tinha dívidas em dólar foi ruim. Para quem precisa importar alguma coisa também. Foram prejudicados também aqueles que querem ou precisam viajar ao exterior. E, claro, foi prejudicada a Obra Missionária realizada pelas igrejas brasileiras.
Não foram todas as pessoas que ficaram prejudicadas com a alta do dólar. Quem tinha moeda americana para vender, saiu ganhando. Quem recebe em dólar e vive ou quer vir para o Brasil também gostou. E as empresas brasileiras que precisam exportar seus produtos saudaram bem-vinda a desvalorização real.
Nós que passamos as últimas semanas nos Estados Unidos (viagem de férias graciosamente ofertada pela igreja), pudemos fazer, pelo menos, uma observação que, talvez, ajuda a quem está angustiado com a desvalorização da moeda brasileira.
O turista, lá fora, por força de circunstâncias, é obrigado a lidar, mais frequentemente, com a questão do câmbio. Conosco não foi diferente. Aí, nós fomos alertados para o seguinte: Países em condição econômica bem melhor que a nossa têm a moeda valendo bem menos, em relação ao dólar, que nós. Por exemplo: o iene, a moeda japonesa, vale 0,008 de dólar. Ou seja, são necessários mais de cem ienes para comprar um dólar.
Bem, pra ficar no caso japonês, é claro que um trabalhador de lá ganha ienes que dão pra comprar muito mais dólares do que um trabalhador brasileiro. Mas aí vem o outro aspecto da questão: as empresas de lá, mesmo pagando mais aos seus operários, vivem melhor do que as nossas. Logo, as empresas de lá e a economia deles, como um todo, funcionam melhor do que as nossas.
Moral da estória: o que importa, mesmo, não é a quantidade de reais necessárias para se comprar um dólar; é a eficiência de nossas empresas e de nossa economia como um todo. Uma pessoa inconsequente quererá resolver tudo da noite para o dia, “no peito e na raça”. Quem tem a cabeça no lugar, sabe que há todo um processo a ser realizado, que exige planejamento, firmeza de propósitos, muito esforço e tempo. Quem é espiritual sabe que há outros fatores envolvidos e que extrapolam à ação meramente humana. Aí entramos nós, igreja do Senhor Jesus, com nossas orações e com a pregação do Evangelho transformador de Cristo, além do cumprimento de nossos deveres de cidadãos brasileiros.
É tempo de desempenhar, como nunca, o nosso verdadeiro papel de servos de Jesus Cristo, embaixadores do Céu na terra.