Brasília, 24 de janeiro de 1999.
O lar é a “escola de ensino fundamental” de Deus. Nele se aprendem, desde muito cedo, as lições mais importantes para uma vida saudável. A interdependência, a importância da cooperação mútua. A essencialidade do amor. O valor da lealdade. No lar as aptidões pessoais começam a ser trabalhadas. O indivíduo é iniciado na área da disciplina. Que bênção é o lar que cumpre os propósitos para os quais Deus os estabelece!
A igreja é uma extensão do lar. Há pessoas que pensam que é o contrário: elas pensam que a igreja deveria ensinar as coisas básicas e no lar o ensino seria apenas complementado. Não podemos nos esquecer de que passamos muito mais tempo em casa do que na igreja. Também não podemos nos esquecer de que antes de pertencermos a uma igreja pertencíamos a uma família.
É verdade que aquilo que aprendemos na igreja deve afetar, positivamente, a nossa maneira de ser em casa. Em casa e em qualquer outro lugar. E se amor, lealdade, cooperação mútua, disciplina são ensinados em casa, na igreja serão reforçados. Se não são ensinados em casa, que se aprenda na igreja.
No Salmo 27, verso 4, o escritor disse que queria morar na casa do Senhor para “aprender no seu templo”. Não percamos nenhuma oportunidade de aprender aqui. Aprender de maneira “teórica” e de maneira prática. Dificuldades para desenvolver e manter relacionamentos, barreiras para buscar e conceder perdão, timidez, resistências a expor fraquezas e deficiências, tudo isso representa desafios a serem enfrentados e vencidos e, depois do lar, este é o melhor lugar para fazê-lo. Dependendo do lar que se tenha, este será o melhor, talvez o único, lugar para se exercitarem essas coisas.
Na igreja, sejamos todos bons alunos e bons colegas. Vamos aprender e vamos ajudar os outros no processo de aprendizado deles.