Brasília, 21 de junho de 1998.
Quando alguém bate no nosso carro, o que sai mais amassado é o nosso humor. Agora ruim mesmo é quando a culpa é nossa. É terrível!
Nesta vida, estamos sempre sujeitos a estar envolvidos em incidentes desagradáveis. Às vezes como vítimas, às vezes como provocadores.
Se você atropelar um pedestre, bater no carro de alguém ou provocar uma batida, o que faz? O correto é ser humilde, reconhecer o erro e procurar reparar os danos da melhor maneira possível. Se houver alguma pessoa ferida, ela deve ser ajudada, mesmo que os ferimentos pareçam ser leves ou a pessoa pareça estar tão grave que não adianta tentar ajudar. E sabe que isso não se aplica apenas aos acidentes de trânsito? Em qualquer situação que você, voluntária ou involuntariamente, venha a prejudicar alguém, o caminho a seguir é o mesmo: agir de maneira responsável e humilde. Fazer com os outros, o que deseja receber dos outros. Isso está na Bíblia: “Tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei vós também a eles”.
E se você for vítima da irresponsabilidade ou desatenção de alguém? Não, adianta matar o responsável (ou irresponsável), emitir parecer desabonador a respeito da mãe dele, cair em prantos, dizer que não deveria ter saído de casa, ficar triste com Deus. Possivelmente, algumas providências terão que ser tomadas, o mais rápido possível, sob pena de se aumentarem os prejuízos. É possível, até, que você tenha que socorrer o próprio autor do problema, muitas vezes vítimas de outros problemas. Às vezes é preciso, correr para salvar outras pessoas e a nós mesmos de outros acidentes que podem vir em consequência do primeiro. É correr ou morrer. Pois é, mas isto também não se aplica somente a acidentes de trânsito, não. Vale para todo o tipo de “acidente”, inclusive de ordem espiritual.
Quem, neste mundo, nunca sofreu nada que tenha produzido prejuízos materiais, danos morais ou mesmo sofrimentos espirituais? Não é nada inteligente passar a vida se queixando, nutrir ódio por quem nos prejudicou ou ficar perguntando por quê, por quê, por quê? O negócio é levantar a cabeça, libertarmo-nos de quem nos prejudicou, perdoando, e prosseguir a jornada. Pode-se, até, fazer algo melhor: Dar graças a Deus por tudo e procurar extrair lições desses episódios desagradáveis.
Para terminar: dirija com cuidado! Vigie por você e pelos outros.