Brasília, 13 de março de 1995.
Ultimamente tem se discutido muito a chamada “teologia da prosperidade”. É um tema sobre o qual se pode dizer muita coisa. No entanto, vamos, nesta ocasião, enfocar apenas dois aspectos dessa questão.
Em primeiro lugar, nunca podemos perder de vista o fato de que as maiores bênçãos da vida cristã são aquelas que ocorrem no plano espiritual: é o perdão dos pecados, a comunhão perfeita com Deus, a vida eterna, o prazer de ser instrumento nas mãos de Deus para abençoar outros seres humanos e assim por diante. São coisas de valor eterno. Todas as coisas que alcançarmos no plano material, saúde física, bom salário, carro, casa e coisas dessa natureza, devem ser encaradas apenas como meios pelos quais poderemos cumprir os propósitos de Deus em nossa vida.
Por outro lado, é verdade que o Senhor tem prometido prosperidade àqueles que forem fiéis a ele com respeito aos dízimos e às ofertas alçadas (Ml 3.10); e há maldições para os infiéis (Ml 3.8, 9).
Se alguém quiser realmente ser fiel nos dízimos, deve saber o seguinte:
1. Dízimo é a décima parte de nossa renda bruta. Não vale descontar a parte correspondente à Previdência Social, porque ela existe para o nosso benefício. O imposto de renda também existe para o nosso benefício. Igual raciocínio é válido para empréstimos e outras coisas que são descontadas de nossa renda bruta.
2. Os dízimos são do Senhor. Assim, ninguém pode administrar os dízimos que, por obrigação, deve trazer à casa do tesouro (Ml 3.10a). Exemplos para não serem seguidos:
a. Comprar cadeiras para sua classe de Escola Dominical e descontar nos dízimos;
b. Dar uma ajuda a um irmão pobre e descontar dos dízimos;
c. Dar uma oferta a um missionário e descontar dos dízimos;
d. Entregar os dízimos em uma igreja à qual não frequenta regularmente. Além de não ser bíblico, isso não é justo.
Ser dizimista é prova de amor. Amor pela Obra de Deus, que depende de nossas orações, de nosso esforço físico e também de nossa colaboração financeira. É prova de obediência. Quem não é obediente nos dízimos pode realmente dizer que tem Jesus como seu Senhor? Ser dizimista também é prova de fé. Quem entrega seus dízimos mostra que confia em Deus.
Quem ama, obedece e confia no Senhor é sempre feliz e vitorioso.