Brasília, 04 de outubro de 1992.
Carlos Studd foi um aristocrata inglês, desportista famoso que se converteu no final do século passado e realizou um trabalho missionário impressionante, na Ásia e na África, No livro “o homem que obedecia”, páginas 154 e 155, encontramos as palavras dele que transcrevemos abaixo.
O número de crentes oficiais no exército de Cristo, servindo entre os quase quarenta milhões de habitantes evangelizados na Inglaterra, é o dobro do número total das forças na frente de batalha entre um bilhão e duzentos milhões de pagãos! E ainda os tais se dizem soldados de Cristo! Pergunto a mim mesmo: “como os chamam os anjos?” “A brigada, salve a pátria primeiramente” é a sucessora de “rogo-te que tenhas por escusado dos apóstolos”.
Cristo nos chama para alimentar os famintos, não os fartos, para salvar os perdidos, não os orgulhosos, não para chamar os escarnecedores, mas os pecadores ao arrependimento, não para construir e mobiliar cômodos e templos, nos quais se embalam crentes professos até dormirem, com discursos talentosos, orações físicas e concertos musicais. Cristo nos chama, não para construir tais templos, mas, sim, casas espirituais de almas vivas entre os mais desprezados, chama-nos para libertar os homens das garras do diabo, para arrebatá-los para Jesus, e para formar com eles um exército todo poderoso. Mas isso se alcança somente por meio de uma crença ardente, livre, sem formalismo e do Espírito Santo, onde não se adora, nem se prega a Igreja e nem o Estado, nem o homem, nem as tradições, mas somente Cristo crucificado. Não para testificar de Cristo, por meio de roupas da moda, adornos de ouro, torres de igreja ou toalhas bordadas no púlpito, mas do maior sacrifício e heroísmo nas trincheiras avançadas.