Brasília, 13 de setembro de 1992.
É muito comum nas igrejas Assembleias de Deus a elaboração e apresentação de pedidos de oração por escrito. São feitos bilhetinhos, que são encaminhados aos dirigentes dos cultos, são mantidos os cadernos de oração, geralmente a cargo dos dirigentes das reuniões regulares, e assim por diante. O fato em si não é mau, mas há uma distorção, muito comum, que deve ser corrigida.
Quando orarmos uns pelos outros, devemos fazê-lo de maneira muito consciente. Pegar um bilhete nas mãos levantá-lo para cima e dizer: “Deus sabe o que aqui está escrito”, não nos parece muito correto. Deus sabe o que está escrito, mas as pessoas que estão orando sabem? Se todos os que vão orar não saberão, muitas vezes, nem por quem estarão orando, para que escrever o pedido?
Interceder é se colocar no lugar da pessoa necessitada, é sentir sua necessidade, sofrer com ela, reivindicar a bênção de Deus para ela como se fosse para si, enfim, é uma verdadeira batalha. Nada que pareça como apresentar um papel para Deus e dizer-lhe: “Senhor, tu sabes”.
Que se escrevam pedidos de oração, mas que sejam lidos por quem vai orar e que se gaste tempo com eles. Se a necessidade descrita no pedido exigir mais que a oração (visita, ajuda financeira ou algum outro tipo de ajuda) que se preste essa ajuda.
Vamos aperfeiçoar o exercício da intercessão em nossa comunidade. Estamos em campanha de oração. Aproveitemos o ensejo.