Brasília, 15 de março de 1992.
É impressionante o poder existente em nossas palavras. Simples palavras podem destruir ou podem edificar. Podem matar ou podem dar a vida. É um poder inerente a qualquer um de nós. As palavras de Dolgue, o edomeu, resultaram na morte de 65 sacerdotes e de todos os moradores da cidade de Nobe (I Sm 22.6-19). As palavras de Abigail salvaram à sua família e a todas as pessoas que viviam em sua casa (I Sm 25.18-34). As palavras de Gamaliel livraram os líderes judeus de cometerem mais um desatino contra os apóstolos de Cristo (At 5.33-40). As palavras de Alexandre, o lateiro, trouxeram muita amargura ao coração do apóstolo Paulo (II Tm 4.14-15).
A Palavra de Deus diz: “A língua também é um fogo: como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno”. (Tg 3.6)
Antes de “passar para frente” qualquer coisa ligada à reputação de alguém, precisamos estar absolutamente convictos de sua VERACIDADE. Está escrito “não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Ex 20.16). E mais: ”não admitirás falso rumor” (Ex 23.1). Os caluniadores estão inscritos entre as pessoas da pior qualidade (II Tm 3.30).
Também antes de dizer algo que possa prejudicar alguém precisamos estar certos da UTILIDADE. Ou seja: pode até ser verdade o que vamos dizer, mas não é útil. Veja o que diz Provérbios 17.9 “o que encobre a transgressão busca a amizade, mas o que renova a questão separa os maiores amigos”. E também no capítulo 11 verso 13: “o que anda praguejando descobre o segredo, mas o fiel de espírito encobre o negócio”.
Nossa boca pode ser um manancial de bênçãos. Com ela podemos orar, evangelizar, encorajar, consolar, edificar, bendizer a Deus e ao próximo. Não é muito melhor que seja assim?