Brasília 15 de abril de 1990.
É público e notório que os membros das Assembleias de Deus sempre adotaram uma maneira diferente de se vestirem e de se apresentarem. Embora o pastor dessa igreja tenha tratado desta matéria por escrito na obra intitulada “Reflexões” sobre os usos e costumes adotados nas Assembleias de Deus no Brasil que está à disposição de todos na nossa livraria, embora também o espaço aqui seja muito pequeno para se esgotar o assunto, cremos ser oportuno tecer algumas considerações rápidas.
Há pessoas que primam pelo exagero, em matéria de usos e costumes. Elas se expõem ao ridículo e querem submeter todos a essa mesma condição. É claro que uma atitude dessas não tem respaldo na Bíblia que, ao contrário, recomenda-nos sempre o equilíbrio e a discrição.
Há outras pessoas que gostam de muita coisa nas Assembleias de Deus, mas não gostam de seus usos e costumes. Aí não se submetendo às normas da denominação, desculpam-se dizendo que somos legalistas e que nossos usos e costumes não passam de mandamentos.
Legalistas são aqueles que procuram salvar-se através de obras. Mas as obras em apreço não são feitas para a obtenção da salvação. São “coisas que acompanham a salvação” (Hb 6:9).
Quando nós nascemos, as Assembleias de Deus já existiam. Elas surgiram por milagre e prosperaram por milagre. Os usos e costumes fazem parte dessa obra desde o seu começo em nossa Pátria. Não é razoável, não é racional, admitir que o Espírito Santo, que guiou nossos antepassados tçao de perto, tenha feito “vista grossa” a um erro tão generalizado e tão defendido por eles. Agora, nenhum de nós tem o direito de querer adaptar as Assembleias de Deus ao seu gosto particular. É melhor obedecer, embora isto custe certo preço. E quem estiver encontrando dificuldades, ore a Deus e peça-lhe ajuda. Com certeza o Senhor o haverá de ajudar.