Brasília, 11 de junho de 1989.
Falemos um pouco sobre o “dia dos namorados”, comemorado sempre no dia 12 de junho.
Grande parte dos problemas conjugais existentes hoje se deve ao fato de que as pessoas não estão sabendo namorar. Os solteiros, em sua esmagadora maioria, não sabem namorar. Os casados nem querem namorar com seus respectivos cônjuges.
Para os solteiros a fase do namoro é para se conversar muito e se tocar pouco. Infelizmente, existe hoje uma pressão terrível para que os jovens solteiros se explorem ao máximo, permitindo-se uma intimidade totalmente inadequada para a fase em que estão vivendo, resultando em que ficam incapacitados para se concentrar nas questões sérias relativas ao futuro casamento. Os jovens namorados não se tratam como pessoas e sim como casais, ainda que muitas vezes o façam inconscientemente. Depois de casados, dão-se conta de que aquela coisinha “fofa” é uma pessoa com virtudes e defeitos e que não houve um preparo adequado para se conviver, pelo resto da vida, com aqueles defeitos e quais são as virtudes mesmo?
Já os casados, ocupados demais com adquirir coisas ou com o preparo para adquiri-las, não acham tempo para namorar. O casamento se torna uma coisa monótona, pesada, sem graça. Vivem juntos para cumprir uma obrigação. Não raro, procuram satisfazer-se fora do casamento. É uma vida de conflitos e autodestruição. É necessário que se saiba que Deus inventou o casamento para a felicidade do ser humano, e não para martirizá-lo. É lícito e necessário continuar o namoro depois do casamento, desfrutando toda alegria e todo prazer que a união conjugal pode proporcionar. Se cada homem e cada mulher estivessem dispostos a investir em seu cônjuge o que acabam investindo em aventuras extraconjugais, seriam muitíssimo mais felizes.
Aos solteiros que estão namorando, feliz dia dos namorados, na presença do Senhor, e que seu namoro de hoje não seja uma maldição para seu casamento amanhã. Aos casados, o conselho de Provérbios 5:18 “Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade.”