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Série de estudos: “O QUE CARACTERIZA UMA VERDADEIRA ASSEMBLEIA DE DEUS”.
Estudo Número 01: DE ONDE HERDAMOS NOSSAS CARACETERÍSTICAS

I – BREVE HISTÓRIA DO MOVIMENTO PENTECOSTAL NO MUNDO
  1. O derramamento do Espírito Santo “sobre toda a carne” foi profetizado por Joel (Jl 2.28), séculos antes do nascimento de Jesus Cristo.
  2. O apóstolo Pedro declarou que a experiência do dia de Pentecostes, cinquenta dias após a ressurreição, era o início do cumprimento da profecia de Joel (Atos 2.16-21, 33).
  3. De acordo com registros históricos, manifestações do Espírito Santo, tal como mencionadas no livro de Atos, nos capítulos 12 e 14 de I Coríntios e em outras passagens bíblicas, eram comuns nos primeiros séculos da Era Cristã.
  4. Deliberadamente, os líderes da igreja cristã institucionalizada foram tirando a Bíblia das mãos do povo que, assim, ficou cada vez mais vulnerável aos falsos ensinos, afastando-se do verdadeiro Deus. As manifestações do Espírito Santo foram se escasseando cada vez mais.
  5. Com a Reforma Protestante, iniciada em 1516, a Bíblia voltou para o seio da Igreja e, com isso, os cristãos puderam ajustar sua fé aos verdadeiros ensinamentos bíblicos. Lutero foi um dos grandes defensores da tradução da Bíblia para todas as línguas faladas no mundo (até então isso era proibido e violentamente reprimido) e, ele próprio, fez umas das primeiras traduções das Escrituras para o alemão. A invenção da imprensa, feita por Guttemberrg, também no século XVI, facilitou muito a difusão da Palavra de Deus.
  6. As manifestações do Espírito Santo voltaram a ser cada vez mais comuns no seio da Igreja até que, no século XVIII, o mundo todo estava “pegando fogo” (ver “Cronologia do Pentecostalismo Mundial”, no Dicionário Movimento Pentecostal, páginas 231 a 243).
  7. Os Estados Unidos e os países nórdicos foram dos que mais receberam o impacto da intensificação das manifestações do Espírito Santo. Desses países saíram homens e mulheres de Deus, cheios do Espírito Santo, para incendiarem outras partes do mundo, inclusive o Brasil.
  8. Gunnar Vingren e Daniel Berg, nossos dois pioneiríssimos, sendo suecos, conheceram-se nos Estados Unidos, onde viviam e trabalhavam. Lá, através de uma profecia, receberam orientação divina para vir para o Pará, no Brasil. Obedeceram, ministraram a fé pentecostal aos brasileiros e deram origem ao que são hoje as ASSEMBLÉIAS DE DEUS.

II – NOSSA HERANÇA GENÉTICA DE GUNNAR VINGREN
  1. Adolph Gunnar Vingren nasceu em 08 de agosto de 1879 em Ostra Husby, Ostergotland, Suécia, num lar evangélico. De origem batista, foi dirigente da Escola Dominical, durante muito tempo, na Suécia, e fez curso de teologia no seminário teológico sueco, mas nos Estados Unidos.
  2. Em 1909, já ordenado pastor, Vingren recebeu o batismo com o Espírito Santo, na Primeira Igreja Batista Sueca de Chicago.
  3. No ano de 1910, orando com um amigo que conhecera recentemente, chamado Daniel Berg, na Igreja Batista Sueca de South Bend, Indiana, que pastoreava, recebeu a mensagem profética de que ambos deveriam vir atuar como missionários num lugar chamado Pará que eles nem sabiam que existia.
  4. De Gunnar Vingren herdamos: a clareza e a firmeza doutrinárias, baseadas no estudo sistemático da Bíblia; o arcabouço doutrinário e o sistema congregacional de governo de igreja, acrescidos da fé pentecostal.
  5. Evidências:
   5.1 Sempre houve, no seio das Assembleias de Deus no Brasil a atuação de
de bons mestres da Palavra.
   5.2 Os hinos da nossa Harpa Cristã são fortemente baseados na Bíblia. Ao entoá-los estamos aprendendo teologia.
   5.3 As nossas revistas da Escola Dominical são utilizadas em quase todas as nossas igrejas e têm, também, muita aceitação em igrejas de outras denominações.
   5.4 A Casa Publicadora das Assembleias de Deus, CPAD, é a maior editora evangélica da América Latina.
   5.5 O número de bons pregadores que sempre houve nas Assembleias de Deus é impressionante.

II – NOSSA HERANÇA GENÉTICA DE DANIEL BERG
  1. Daniel Gustav Hogberg nasceu em Vargon, na Suécia, em 19 de abril de 1884. Foi batizado nas águas, aos 15 anos de idade, numa igreja Batista na Suécia. Aos 18 anos passou a viver nos Estados Unidos, em consequência de uma crise econômica que se abateu sobre a Europa. Numa visita que fez ao seu país, no ano de 1909, descobriu que seu amigo de infância, Lewi Pethrus, agora era pastor batista e pregava uma nova doutrina. Desse amigo, Daniel Berg recebeu os primeiros ensinamentos acerca do batismo com o Espírito Santo.
  2. Em plena viagem de volta aos Estados Unidos, ainda no ano de 1909, Daniel Berg recebeu o batismo com o Espírito Santo. Ao desembarcar, ele passou a pregar o evangelho com muito mais veemência. O mesmo Espírito Santo que o enchera de poder, o encaminhou até Gunnar Vingren e, juntos, para o Brasil.
  3. No Brasil, Daniel trabalhou na Companhia Port of Pará e, com seu salário, custeava o curso de português para o seu amigo Gunnar e, com este, aprendia o mesmo idioma. Também comprava Bíblias para distribuir.
  4. Daniel Berg foi um evangelista incansável, viajando dezenas de quilômetros a pé, geralmente conduzindo farto material evangelístico. Fundou muitas igrejas, inclusive em Bragança, na ilha de Marajó e em várias outras ilhas do Pará. Fundou igrejas também em Vitória-ES, na cidade de Santos e na capital de São Paulo.
  5. Outro dado importante da carreira missionária de Daniel Berg: esteve atuando na região de Porto, Portugal, entre os anos 1932-1936. E mais este: enquanto viveram por aqui, ele e seu colega Gunnar Vingren, se empenharam pela formação de uma liderança nacional para as igrejas, dando-lhes todo o apoio que necessitassem, mas sempre respeitando sua autonomia.
  6. De Daniel Berg herdamos: a valorização do trabalho do obreiro leigo, a “garra” da evangelização corpo-a-corpo, o uso intenso da literatura na evangelização, a “mania” de fundar igrejas por todas as partes.
  7. Evidências: a quase que obrigatoriedade de cada igreja promover cultos ao ar livre e outros trabalhos de evangelização; a presença de igrejas nossas em todos os recantos do país; a presença de mensagens evangelísticas em muitos hinos da Harpa.