I – QUANDO PALAVRAS NÃO TÊM PODER ALGUM
1. Quando se espera que elas tenham um poder mágico, isto é, um poder emanado do próprio ato de pronunciá-las – Nm 23.10b; 31.8.
2. Quando, ditas à guisa de profecia, não expressarem a real vontade de Deus – Nm 18.21-22; I Re 22.4-12, 34-37.
3. Quando ditas irrefletidamente – Gn 37.34-35 (comp. 48.11); Jó 17.1 (comp. 42.10-17).
4. Quando ditas para amaldiçoar o povo de Deus – Nm 23.23; Dt 23.5.
II – O PODER NATURAL DAS PALAVRAS
1. Depende da autoridade, real ou presumida, de quem as profere – Dt 6.7; Pv 22.6; Ec 8.4; 9.17; At 8.9, 10.
2. É afetado pela condição psicológica de quem as ouve – Pv 12.25.
3. Pode ser realçado positivamente (aprendizado Fp 3.1) ou negativamente (“lavagem cerebral”) pela repetição.
4. Depende muito dos sentimentos, pensamentos e ensinamentos que expressam ou tentam expressar, o que, por sua vez, depende do coração e mente de quem as profere – Mt 12.35; Tg 3.10-12.
5. Em consequência do que se disse anteriormente, podemos favorecer (abençoar) ou prejudicar (amaldiçoar) com nossas palavras. Pv 10.14, 31.
Formas de abençoar: dizer a verdade; bendizer (espalhar boa fama); consolar; exortar (levantar o ânimo); edificar (ensinar, acrescentar bons conhecimentos); elogiar; pedir desculpa ou pedir perdão; pronunciar o perdão. Formas de amaldiçoar: mentir (é uma maneira de defraudar); caluniar (Sl 15.1-3) denegrir; desanimar; reacender questões (Pv 17.9); roubar o tempo com palavras vazias; dizer palavrões (Pv 4.29).
III – O PODER SOBRENATURAL DAS PALAVRAS
1. Depende da natureza (o bem ou o mal) e da intensidade dos vínculos de quem as profere – Lc 9.51-56.
2. Uma pessoa quem tem “partes com o Diabo”: amaldiçoa o bem e os bons, elogia o mal, faz feitiço, profere adivinhações; dissemina heresias – Dt 18.10, 11.
3. Uma pessoa que tem comunhão com Deus: confessa seus pecados, faz votos e propósitos com Deus; louva ao Senhor; ora adorando, dando graças, intercedendo por outros, combatendo contra o mal; prega e /ou ensina a Palavra de Deus; profetiza; fala em línguas; interpreta línguas; emite palavras de conhecimento e de sabedoria sobrenaturais; amaldiçoa o mal. II Cr 20.20-23; Sl 116.10-14; Ef 6.18-20; Cl 3.16, 17.