I – AS ORIGENS DESSE TIPO DE MEDO
1. Subestimação da gravidade do problema (“Isto é apenas um probleminha”).
2. Excesso de otimismo ou presença de uma fé sem consistência (“É só ter paciência. Vamos deixar as coisas como estão e elas se arranjarão sozinhas”).
3. Espiritualidade desvirtuada (“Se eu orar, não preciso fazer mais nada”).
4. Orgulho (“Vão descobrir que eu não sou tão capaz como pareço ser”; “vão conhecer meus defeitos”).
5. Excesso de preocupação com os outros (“As pessoas já têm tantos problemas e eu ainda vou sobrecarrega-las com os meus!”).
6. Pessimismo (“Vou me expor e não vai adiantar nada”).
7. Extremo pessimismo (“Além de não conseguirem me ajudar, ainda vão deixar as coisas piores do que já estão”).
8. Desconhecimento do que a Bíblia ensina sobre o aconselhamento mútuo na Igreja.
II – O QUE A BÍBLIA ENSINA SOBRE NOSSA INTERDEPENDÊNCIA
1. Cada um de nós é um membro do Corpo de Cristo. Então, nenhum de nós é completo em si mesmo. I Coríntios 12.18-20.
2. Exatamente por não ser completo, cada um de nós precisa da ajuda dos outros. Uns podem ajudar em determinadas necessidades e outros noutras. I Coríntios 12.21, 22.
3. Um cristão aconselhar outro é algo absolutamente normal. Colossenses 3.16, 17.
4. Quando ajudamos a um irmão, utilizando os dons e talentos que o Senhor nos tem confiado, estamos apenas administrando bem o que não é nosso. I Pedro 4.10, 11.
5. Pedir ajuda a um irmão em Cristo, é dar-lhe a oportunidade de mostrar sua fidelidade ao Senhor Jesus e de ser aperfeiçoado em sua capacidade de servir João 15.1, 2.
6. Quando aconselhamos, ensinamos ou abençoamos com qualquer outro talento com que o Senhor nos tem agraciado, somos abençoados por estar sendo aperfeiçoados e por nos colocar na situação de recebermos outros talentos da parte do Nosso Senhor. Mateus 25.14-29.
7. Nem Deus ajuda a quem não reconhece a necessidade de ser ajudado e, consequentemente, não pede ajuda. Marcos 10.46-52; João 5.1-6.
III – CUIDADOS QUE SE DEVEM TER AO SE PEDIR AJUDA PARA PROBLEMAS PESSOAIS OU FAMILIARES
1. Todos podem ajudar, mas não em todo o tipo de situação. Peça ajuda a quem tem preparo adequado e maturidade suficiente para o tipo e gravidade de sua situação. II Timóteo 2.2.
2. Ao pedir ajuda, seja sincero. Não tente proteger-se ocultando ou distorcendo informações importantes. Tal atitude dificulta e pode até inviabilizar uma ajuda efetiva. Pv 18.17.
3. Se a pessoa que lhe está ajudando utiliza a Bíblia como “ferramenta” e a utiliza adequadamente, submeta-se, mesmo que pareça que não vai dar certo. Creia: a Bíblia funciona! Salmos 119.1-8.
4. Todo o problema existente teve um início e uma fase de desenvolvimento. A solução, também, terá que ter um início e sua fase de desenvolvimento. A fase de desenvolvimento da solução, provavelmente, não será tão longa, mas também não será tão curta quanto se almeja. Portanto, não se dê por satisfeito(a) quando as coisas começarem a melhorar nem se desespere se a solução demorar. Salmos 126.6.
5. O (A) principal interessado (a) no sigilo quanto à sua situação, deve ser você mesmo (a). Portanto, cuidado com os (as) confidentes a quem você se abre em paralelo ao processo de ajuda. Pv 11.13; 20.19.
6. Se seu cônjuge é ou parece ser parte do problema, não o denigra. Isso pode respingar em você. E pode agravar, desnecessariamente, a situação. Provérbios 25.9.
7. Esteja preparado (a) para surpresas (às vezes a gente pensa que está certo e não está) e para submeter-se a processos de mudanças (se as pessoas não mudam, as coisas não mudam). Salmos 19.12, 13.