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Brasília, março de 1982.

Uma lição de adoção

   Há alguns meses eu estava sentado num tribunal esperando ser chamado como testemunha. O oficial convoca a corte à ordem. O juiz entrou e tivemos permissão para retomar nossos lugares enquanto ele chamava o primeiro caso.

   Eu observava com interesse enquanto um casal maduro evidentes de poucos recursos, mas de aparência limpa, se aproximava da mesa. A mulher carregava um menino, enquanto o homem levava ao ombro uma sacola grande de fraldas e conduzia pela mão uma linda menina de mais ou menos seis anos.

  O advogado leu de maneira monótona a petição para adoção; depois, de repente, toda a atmosfera do tribunal mudou. O juiz de rosto empedernido, que parecia tão austero, tirou os óculos. Voltou-se, inclinou-se sobre a mesa, sorriu para a garotinha e perguntou-lhe:

“Você gostaria de ter um irmãozinho?”

“Sim senhor”, foi a resposta.

“Você sabe o que é adoção?”

“Sei sim”, disse ela.

“Você quer que eu conceda a adoção?”

“Sim senhor”, respondeu ela enfaticamente.

“Por que você quer que eu faça isso?”

   O tribunal ficou em silêncio e então veio a resposta do coração honesto de uma criança: “porque eu sou adotada e quero que este menininho tenha uma mãe e um pai como os meus”.

   Eu peço a Deus que esta seja a atitude destemida de todos nós que fomos adotados na família de Deus. Que possamos percorrer o mundo a procura de pessoas, que possamos ajudar a tornarem-se irmãos em Cristo. Esta herança maravilhosa é prometida em Gálatas 4.5 “Para resgatar, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.”

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