Brasília, 27 de março de 2011.
No dia 1º de novembro de 1755 a Europa foi sacudida por um terremoto cujo epicentro foi localizado a cerca de cem quilômetros da cidade de Lisboa. A capital portuguesa foi então devastada pelo próprio terremoto, por um tsunami e por um terrível incêndio que destruiu o que sobrou. Sendo um povo de profundas tradições católicas, os portugueses guardavam, e ainda guardam o 1º de novembro como o dia de Todos os Santos. As igrejas estavam lotadas, o que agravou ainda mais as consequências do terremoto e do tsunami. Os ateus, então, se viram munidos do seguinte argumento: se existe um Deus Todo Poderoso e bom, porque ele não impediu que aquelas pessoas passassem por tão grande sofrimento, já que estavam em pleno culto a ele?
Em primeiro lugar, quem disse que adorar, ou venerar “santos” é servir a Deus? O que a Bíblia, o livro de Deus, nos diz é que nenhum ser humano possui santidade própria. Toda a pessoa que é, realmente, santo, o é pela Graça de Deus. Ou seja, ninguém merece ser adorado, ou venerado, por ser santo, se for verdadeiramente santo (veja-se, por exemplo, Efésios 2.8). Outra coisa que a Bíblia diz é que “há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo homem” (I Tm 2.5). Então, ajoelhar-se diante de imagens que representariam “santos”, fazer-lhes preces e dar-lhes louvores, o que alguns chamam de “veneração”, considerar os tais “santos” como mediadores entre Deus e os homens, não honra a Deus. pelo contrário, agride-O. O resultado de tudo isso é que, se a comemoração do dia de “Todos os Santos” devesse ser levada em conta por Deus para permitir ou não o terremoto que devastou Lisboa, seria para agravar e não para melhorar a situação.
Um dos deístas mais atacados na época do terremoto foi Gottfried Leibniz, filósofo e grande matemático. Ele defendia a tese de que “vivemos no melhor dos universos possíveis criados por Deus”. Para os ateus não é possível conciliar essa afirmação com tantos males que há no mundo, inclusive com a existência de terremotos e tsunamis. À luz das Escrituras Sagradas e da verdadeira ciência essas não são coisas irreconciliáveis. Hoje se sabe que o mundo em que vivemos é, de fato, planejado nos mínimos detalhes para a existência da vida humana. Veja-se, por exemplo, o livro “Mostre-me Deus”, de autoria do cientista Fred Heeren, para ver o quanto Liebniz estava certo em suas deduções. Quanto à Bíblia, ela nos mostra que os males que existem na Terra não são fruto da inexistência nem da indiferença de Deus, mas da rebelião que há no coração do homem. Além de mostrar a origem dos males que há no mundo, a Palavra de Deus nos mostra o que Deus tem feito não apenas para amenizar a situação do mundo, mas para resolver definitivamente o problema. Leia a Bíblia!