Brasília, 26 de dezembro de 2010.
“Feliz Ano Velho” é uma expressão que eu já li em algum lugar. Não sei se é o nome de algum filme, de alguma peça de teatro ou de algum livro, ou se é uma expressão contida dentro de alguma música. Não sei. Só sei que gostei dela. Pode ser que a ideia que vou desenvolver agora até esteja contida parcial ou integralmente, no tal filme, ou peça, ou livro ou canção. Por esse motivo, declaro que a ideia não é minha. Sabe de uma coisa? Essa ideia é de Deus: ela já está na Bíblia há muitos séculos. E qual é a ideia? A ideia é esta: Cada um de nós pode considerar o ano que passou como tendo sido um ano feliz (ou infeliz), independentemente dos acontecimentos que tenha vivido nele.
Por exemplo, uma pessoa pode considerar infeliz o ano que passou porque nele foi interrompido um relacionamento que lhe agradava muito. Mas ela teria outra opinião sobre o ano se soubesse que aquele relacionamento, se tivesse continuado, teria terminado em tragédia. Ou o ano poderia ser considerado como infeliz por não se ter conseguido passar num concurso. O ano seria visto de outra maneira se ele soubesse que o novo emprego teria impedido a pessoa de conhecer o amor de sua vida, enfim, nós, limitados como somos, não temos como avaliar com exatidão se os acontecimentos de um ano que passou foram bons ou ruins.
Quem tem sua vida entregue nas mãos do Verdadeiro Deus deve confiar n’Ele admitir que tudo o que aconteceu concorreu para o seu bem (Romanos 8:28). Nenhum servo de Jesus Cristo tem o direito de considerar como infeliz o ano que passou. Então, meu amado irmão ou minha amada irmã, dê graças a Deus por tudo o que aconteceu no ano findo (como diz o hino 597 da Harpa Cristã “…e por tudo o que passou…”) e FELIZ ANO VELHO!
Geralmente, uma pessoa ingrata nunca está satisfeita. Por mais que coisas boas lhe aconteçam ela não consegue se esquecer das ruins. Podem ter acontecido mil coisas boas e de muita importância. Se acontecerem duas ou três ruins, mesmo sem importância, as ruins é que serão lembradas.
Assim é o ingrato. Do seu ponto de vista, nunca acontecem coisas boas, só ruins. Mas cada um de nós tem que admitir sua dificuldade de lembrar-se das coisas boas e da facilidade que tem de se lembrar das ruins. Foi por isso que o salmista escreveu: “Bendize, ó minha alma ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios” (Sl 103.2). Neste final de ano, façamos todo o esforço necessário para nos lembrar de todos os benefícios que alcançamos do Senhor ao longo dele e tenhamos todos, Um Feliz Ano Velho. Sabe também por quê? Porque se não formos gratos em relação ao ano velho, não saberemos valorizar as bênçãos que estão para nos acontecer no ano novo. Então, avaliemos bem o ano velho e tenhamos todos um Feliz Ano Novo.