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Brasília, 20 de junho de 2010.

O JUÍZ DE FUTEBOL

  Em épocas de campeonato os juízes de futebol entram em destaque, para o bem ou para o mal. Há muitas coisas que se podem aprender observando as particularidades dessa que parece ser uma das mais difíceis profissões que existem.
  As mães dos profissionais do apito são as pessoas mais xingadas do mundo. Pobrezinhas. E que injustiça, não? Mas, sabe que esse negócio de atacar a honra da mãe para ofender os filhos vem dos tempos bíblicos? Foi o que fez o rei Saul ao seu próprio filho Jônatas, conforme está registrado em I Samuel, capítulo 20, verso 30.
  Emitir opinião desabonadora sobre a moral da mãe ofende rápida e profunda ao filho porque, para ela, ela é o maior referencial de pureza. À medida que uma pessoa cresce ela pode mudar sua opinião sobre a capacidade e a moral do pai. Mas dificilmente muda sua opinião sobre a pureza de sua mãe. Sabe o que se aprende a se refletir sobre isso? Que as mães continuam tendo a grande responsabilidade de corresponder à expectativa de seus filhos com respeito à sua retidão moral.
  Numa partida de futebol, a atuação do juiz é extremamente importante. Se não desempenhar bem o seu papel, ele pode estragar todo o espetáculo. No entanto, ele não está ali para se apresentar. As estrelas são os jogadores. Ninguém quer saber do juiz. Todos querem apreciar o trabalho dos vinte e dois homens que formam os dois times que se enfrentam. O bom atleta é aquele que faz boas jogadas, de ataque ou de defesa. O bom juiz é aquele que não atrapalha. Aí estão duas boas lições para a vida: primeira, os bons cristãos são aqueles que, ao invés de buscar glória para si, trabalham para que o Senhor Jesus seja mais e mais exaltado. A segunda é que não atrapalhar a vida das pessoas é uma excelente maneira de ajudá-las.
  Por mais competente que seja qualquer juiz é passível de cometer erros. Todo mundo compreende isso. O jogo é dinâmico por natureza. Há situações em que é muito difícil entender, exatamente, o que está acontecendo. E o juiz tem que decidir imediatamente após o lance acontecer. Ele está ali para isto mesmo: decidir, arbitrar. Quando ele decide errado, todos têm que acatar, senão o jogo vira uma bagunça.
  Se o juiz erra num lance duvidoso, é mais fácil para o torcedor relevar o erro. Antigamente, numa situação dessas, a questão era esquecida em pouco tempo. Hoje em dia, com tantas câmeras dando cobertura ao jogo, filmando cada lance a partir de vários ângulos, não tem jeito. Logo após o erro do juiz, a televisão e a internet vão mostrá-lo várias vezes para que o maior número possível de pessoas o possam ver. Isso nos faz lembrar de que, embora Deus não tenha o interesse de nos desmoralizar perante ninguém, a verdade é que ele conhece todos os nossos erros. As “câmeras do céu” registram tudo e, a menos que nos arrependamos, um dia tudo será exposto diante de nós. Como diz a Palavra: “Todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Hb 4.13).
  Uma coisa que ninguém aceita é uma conduta claramente tendenciosa por parte do árbitro. Se ele, deliberadamente, favorece a um lado, estará prejudicando ao outro. Em suma: um juiz não pode errar por opção. Deus, também, não espera que nós nunca erremos. Ele sabe que nós somos imperfeitos, pecadores, falíveis. O que ele não aceita é que nós vivamos errados por opção. Ele nos diz, em Ezequiel 33, verso 11:
  “Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio”.

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