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Brasília, 21 de março 2010.

APLICANDO AO CORAÇÃO

  Ali estávamos nós, mais uma vez, naquele lugar em que tantas pessoas choram, todos os dias, mas que é chamado, paradoxalmente, de Campo da Esperança. Era segunda-feira, 15 de março de 2010. Quem estava no caixão? Moacir Martins de Andrade. Meu Deus, aquilo me parecia tão irreal! Uma semana antes, como sempre fazia, ele estivera na Oração de Berseba e no culto de doutrina. Se a morte não o tivesse ceifado logo de manhã, ele teria estado na Escola Dominical e, sem dúvida nenhuma, no culto à noite, e teria me cumprimentado, juntamente com sua querida esposa, Elza, tal como fizera até no último domingo em que o pudera fazer (dia 07 deste mês). Sim, ele sempre fora um dos mais assíduos e participativos membros de nossa igreja, desde que chegara para cá, no dia 1 de setembro de 1968. Não, aquilo não podia estar acontecendo!
  Menos de uma semana antes eu estivera no cemitério de Taguatinga para dar um “até breve” a outro grande amigo Pastor Romero José Marques, maestro do primeiro coro de que participei e sogro de dois pastores de igrejas de nossa Federação, Donizetti Francisco Pereira e Pedro Clésio. Do Romero, também, nós temos as melhores recordações.
  Eu disse que fora ao cemitério de Taguatinga dar um “até breve” ao Romero. É muito importante ressaltar que nós nunca dizemos “adeus” aos nossos amados irmãos. Acho que o Campo da Esperança tem esse nome por causa de nós. Nós sempre temos a viva esperança do reencontro.
  Quando eu viajava com o Moacir pelo interior, especialmente para visitar a congregação de Mocambinho, da qual ele foi o primeiro pastor, costumávamos cantar uma canção muito querida para nós. O refrão desse hino diz: “Jamais se diz adeus ali, jamais se diz adeus. No eterno lar de gozo e paz, jamais se diz adeus”. Sabe quando nós dois cantamos esse hino juntos pela última vez? No dia 06 de dezembro passado. Ali mesmo, no campo da Esperança, por ocasião do enterro do pastor Joanyr de Oliveira, junto ao túmulo deste.
  No verso 2 do capítulo 7 de Eclesiastes está escrito: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir À casa onde há banquete, porque ali se vê o fim de todas os homens; e os vivos o aplicam ao seu coração”.
  Queridos, apliquemos isto ao nosso coração: nenhum de nós sabe qual é dia de sua partida. Portanto, sirvamos ao Senhor o melhor que pudermos COMO SE FOSSE ESTE O ÚLTIMO DIA DE NOSSA VIDA NA TERRA.
  Apliquemos isto ao nosso coração: participemos de todas as reuniões em que pudemos estar em nossa igreja. TALVEZ O CULTO DE HOJE SEJA O ÚLTIMO PARA MIM OU PARA VOCÊ.
  Apliquemos isto ao nosso coração: expressemos amor e carinho a cada irmão em Cristo com quem estejamos interagindo agora. ESTA PODE SER A ÚLTIMA CHANCE DE EXERCITARMOS A COMUNHÃO FRATERNAL COM ELE.
  Apliquemos isto ao nosso coração: expressemos amor e carinho a cada membro de nossa família, quer seja pai, mãe, irmão ou outro familiar. NUNCA SABEMOS QUAL SERÁ O ÚLTIMO MOMENTO QUE TEREMOS COM QUALQUER UM DELES.

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