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Brasília, 7 de março de 2010.

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

  A Bíblia, “o manual do nosso Fabricante”, deixa bem claro qual é o valor desse ser extraordinário chamado MULHER. Para começo de conversa , a Palavra de Deus nos informa que, da mesma maneira que o homem, a mulher é resultado de um ato pensado, bem planejado por Deus (elas até dizem que os homens são o rascunho e elas a obra definitiva).
  Em segundo lugar, a Bíblia nos informa que a varoa foi criada no mesmo nível que o varão: nem acima, nem abaixo, mas ao lado. Ela é “adjutora que assiste” ou “ajudadora idônea”. Qualquer que seja a versão bíblica que se utilize, ela é uma parceira à altura, alguém competente para entender, discutir de igual para igual.
  Nosso Criador atribuiu ao homem e à mulher papéis diferentes, ainda que de mesma importância, no seio da família e da sociedade. É por isso que eles são física e sentimentalmente diferentes (viva a diferença).
  Satanás, quando veio induzir o primeiro casal para se rebelar contra o Criador, soube explorar as particularidades da mulher e conseguiu arregimentá-la primeiro. Através da mulher o diabo conseguiu envolver o homem na trama e o estrago foi feito. A maldição caiu sobre ambos, mas de maneira diferente, já que foram criados diferentes em suas características e papéis. Entre as terríveis consequências do pecado para a mulher,, veio esta: ser dominada pelo homem (Gn 3.16). É impressionante como essa humilhação tem perdurado ao longo de toda a história humana e está presente em todas as culturas.
  Mas, lá no Jardim do Éden, junto com a justiça se manifestou a graça de Deus. impressionantemente, no meio da declaração do castigo está a promessa de reversão de todo o processo. Deus promete que um dia, a maldição acabará. E o principal veículo pelo qual a bênção chegará é a própria mulher (Gn 3.15).
  Mesmo em plena vigência da sentença de maldição, vemos a mulher sendo honrada por Deus. ele cuida de uma pobre escrava chamada Agar (Gn 16.7-13). Deu razão a Sara, quando esta teve um conflito com o marido (Gn 21.11,12). Estabeleceu leis para proteger mulheres em situação de desvantagem (Dt 21.10-14; 22.13-19; 25.29). Levantou heroínas nacionais, como Débora e Ester (Jz 4.47; Et 8.1). Usou profetisas, como Huda (Is 34:.2). Enfim, apesar de todo o machismo dos tempos antigos, sempre houve espaço para se honrar e prestigiar as mulheres.
  Jesus, “a semente da mulher”, sempre honrou as pessoas do sexo feminino, e não poderia ser diferente, já que Ele é o criador de todos nós, homens e mulheres. Ele prestigiou a desprezada mulher samaritana (Jo 4.1-42), tratou com dignidade mulheres pecadoras (Lc 7.36-50; Jo 8.1-11); curou e honrou aquela que padecia de uma constrangedora hemorragia (Lc 8.43-48). Quando ressuscitou, apareceu primeiro à mulheres e as enviou como proclamadoras dessa tremenda boa-nova (Mt 28.1-10).
  Na Igreja primitiva encontramos líderes femininas como Lídia (At 16.14-15), Priscila (At 18.18,26), Febe (Rm 16:1,2), Trifena, Trifosa e Pérsida (Rm 16:12), Evódia e Síntique (Fp 4.2, 3) e, certamente, muitas outras cujos nomes não estão citados na Bíblia, mas que, à exemplo daquelas, muito cooperaram para a expansão do Evangelho.
  Na história mais recente da Igreja, tivemos Aimeé Semple McPherson, fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular, nos Estados Unidos, Catherine Booth, fundadora do Exército da Salvação, na Inglaterra, Amy Carmichael, grande missionária entre os indianos e, aqui, sim, quantas e quantas heroínas que desbravaram territórios extremamente inóspitos, venceram desafios que pareciam intransponíveis, e realizaram feitos que só alguém investido de uma manifestação incomum do poder e da graça de Deus poderia levar a efeito?
  Eu sou convicto de que o espaço conquistado pelas mulheres na sociedade em geral é consequência, direta e indireta, da ascensão delas nos setores de liderança da Igreja. Penso que isso tem muito a ver com as seguintes palavras od Senhor Jesus: “O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado” (Mt 13.33).