Brasília, 14 de fevereiro de 2010.
Há quem acredite num tal de “destino”, uma coisa impessoal, indefinida, desprovida de qualquer senso moral ou inteligência mas que, paradoxalmente, determina o que cada pessoa há de ser ou de alcançar na vida. Incrível: uma coisa impessoal determinando a vida de pessoas.
Há outra crença, bem difundida em nossos dias, parecida com a anterior, mas que associa a vida das pessoas à posição de certos astros e constelações no espaço sideral. Quem determina tudo continua sendo o “destino”, só que através de um processo bem complicado. Ele determina a posição dos astros no céu e a maneira como isso irá afetar a vida das pessoas. Quem quiser que se vire com as consequências da situação. O lema de quem acredita nisso deve ser aquele: “Se a gente pode complicar, porque simplificar as coisas?”.
Existem outras idiotices que associam a felicidade ou infelicidade das pessoas às linhas de suas mãos, ao somatório de números relacionados com as letras de seus nomes e, pasmem, até à posição em que búzios caiam em cima de uma mesa, quando lançados por alguém.
No fundo, no fundo, o que as pessoas querem é fugir de suas responsabilidades. Elas não querem assumir as consequências das escolhas que fazem. Quando as coisas vão mal, a culpa é do “Destino”, do horóscopo, das linhas das mãos, dos búzios, enfim, de qualquer um, menos delas próprias.
Se a gente toma cuidado mesmo se dizendo cristão, acaba se deixando levar por certas crenças absurdas. Por exemplo: o uso da “maldição hereditária” para explicar insucesso na vida de alguém seja em seus aspectos espirituais ou mesmo materiais, a preocupação com “orações contrárias” dos outros, a atribuição de um poder mágico às palavras que alguém pronuncia, desejando o bem ou o mal para outrem, tudo isso não passa da velha tendência pecaminosa de fugir da responsabilidade pessoal. Responsabilidade essa tão enfatizada pela palavra de Deus (Exemplos: Gn 4.6,7; Dt 30.19; Ez 18.1-32).
Um dos princípios mais fundamentais da fé cristã é este: Deus nos criou dotados do livre arbítrio e cada um colhe as consequências das escolhas que faz ao longo da vida. Dizer que não temos livre escolha, é uma afronta ao Deus que nos criou. Não faria nenhum sentido ele exigir que tivéssemos uma vida correta se não nos dotasse do poder de decisão.
É muito bom saber que o nosso Pai Celestial nos dá inteligência, nos ensina o que é bom para nós, nos dá o poder de decisão, nos capacita a fazer as coisas boas e acertadas e ainda “torce“ para que tomemos as melhores decisões.
Ao longo da vida, desde a infância até à idade mais avançada, teremos muitas oportunidades para fazer escolhas. Sempre poderemos escolher entre o certo e o errado. Mesmo entre escolhas acertadas, haverá as boas e as melhores. Que cada um de nós, quer sejamos crianças, adolescentes, jovens, pessoas de meia idade ou mesmo anciãos, faça agora e sempre AS MELHORES ESCOLHAS, e, assim, colha OS MELHORES FRUTOS. Amém.