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Brasília, 03 de maio de 2009.

CRISES FAMILIARES

  Quando falamos de crises familiares é bom que saibamos a que, exatamente, estamos nos referindo. Entre as definições da palavra “crise” que encontramos nos dicionários, as que melhores definem o assunto que temos em mente são: “manifestação violenta e repentina de ruptura de equilíbrio” e “fase difícil, grave, na evolução das coisas, dos fatos, das ideias”.
  Embora crises sejam dolorosas e incômodas, elas são normais ao longo da vida de qualquer pessoa e no andamento de qualquer projeto. Por exemplo, a adolescência é um período crítico; uma mudança de emprego também; o início da aposentadoria, etc. cada uma dessas situações, por melhor que seja conduzida, traz alguma dificuldade a quem a está vivendo.
  Há muitos tipos de crises que podem se abater sobre uma família: financeira, espiritual, de relacionamentos entre pais e filhos, de relacionamentos entre pessoas de gerações distintas, de relacionamentos entre pessoas da mesma geração, entre cônjuges, etc. Para complicar as coisas, um tipo de crise pode desencadear outro.. por exemplo, uma crise financeira pode provocar uma crise de relacionamento.
  Geralmente, em uma família cristã, uma crise espiritual vivida por um membro importante dela ou pela família como um todo, desencadeia outras crises. A solução de tudo deve começar pela área espiritual.
  Como em outras áreas da vida, no setor familiar prevenir é melhor que remediar. O melhor a fazer é cuidar da saúde espiritual de cada membro da família, o que resulta, necessariamente, na saúde da família como um todo.
  A boa notícia é que resultado de uma crise familiar não precisa ser destrutivo. Entre elas, podemos enumerar:
  1. Atribuir a culpa a Deus ou afastar-se d’Ele. Jó 1.22; I Jo 1.5; Jo 6.68.
  2. Fazer de conta que a crise não existe. Ed 10.1-4.
  3. Fugir de um diálogo franco e construtivo com o(s) membro(s) da família com quem se está em conflito. Lc 15.18-20.
  4. “Abandonar o barco” por causa de crise. Pv 24.10; Sl 126.6.
  5. Tentar “soluções” contrárias aos princípios bíblicos. Js 1.7.
  6. Imaginar que crise seja atestado de incompetência ou sinônimo de fracasso (Basta ver como servos fiéis do Senhor, ao longo da história bíblica, tiveram seus momentos de crise: Noé (Gn 9.20-29); Abraão (Gn 20.1, 2), Isaque (Gn 27.41-46); Samuel (I Sm 8.1-7); Davi (I Re 1.5, 6) e tantos outros.
  7. Desesperar-se, ainda que a situação pareça ou esteja perdida. Lm 3.26.
Vamos encerrar mostrando o outro lado da moeda, ou seja, como uma crise familiar pode ter um resultado positivo. Em primeiro lugar, ela pode conduzir a um despertamento espiritual das pessoas e até da família toda (Gn 35.1-7; Sl 119.67, 71; Mt 16.26). outro possível efeito positivo: ela pode resultar no amadurecimento de pessoas e de relacionamentos (I Sm 25.23-35; Jó 42.5). Finalmente, uma crise pequena pode ajudar na prevenção e administração de crises maiores. Davi foi preparado para vencer o gigante Golias, lidando com as dificuldades próprias de seu trabalho como pastor de ovelhas (I Sm 17.32-37).
  Seja qual for o tipo de crise que tenhamos de atravessar, lembremo-nos sempre: “Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8.28).

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