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Brasília, 12 de abril de 2009.

É LAMENTÁVEL

  … que na chamada “sexta-feira da Paixão” as pessoas chorem pela morte de Jesus. Primeiro, porque Ele não está morto. As pessoas que têm um mínimo de conhecimento da Bíblia Sagrada sabem que Jesus morreu na sexta-feira, mas ressuscitou com grande poder a glória já na manhã do domingo seguinte. Em segundo lugar, não há razão para chorar porque a morte do Cordeiro de Deus foi o meio pelo qual nós fomos salvos e não haveria, mesmo, outro meio. Ai de nós se Jesus não tivesse morrido na cruz!
  …que as pessoas falem da Paixão de Cristo, que celebrem a Paixão de Cristo, façam feriado em memória disso e, logo nos dias seguintes, estejam completamente esquecidas de tudo aquilo. Na “semana Santa” se mostram contritas, alteram até o seu cardápio, mas em paralelo a isto, já durante e após os tais dias santificados, vivam uma vida de pecados, totalmente descomprometida com o que a Palavra de Deus nos ensina. Não se dão conta de que Jesus morreu na cruz para nos resgatar “da vã maneira de viver” (I Pe 1.18). Não percebem que, com sua morte, o Filho de Deus pagou o preço, isto é, adquiriu o direito de ser o Senhor de nossa vida. Agora devemos nos submeter à vontade d’Ele e viver em “novidade de vida” (Romanos 6.4).
  …que as pessoas não entendam, mesmo num país que se diz cristão como o nosso, que o grande sacrifício feito por Jesus em nosso favor deve ser alvo de nossa gratidão todos os dias do ano e não apenas na “sexta-feira da Paixão”. Gratidão essa que seja expressa, não apenas em palavras e gestos, mas, sobretudo, num viver que agrade Àquele que por nós morreu e ressuscitou.
  …que no dia chamado de “Domingo de Páscoa”, quando o Cristo ressurreto deveria ser adorado, exaltado, glorificado, o personagem do qual mais se fala é um tal de “Coelhinho da Páscoa”. É mesmo lamentável que as pessoas deixem de exaltar o Cordeiro da Páscoa para voltar-se para esse esdrúxulo coelho.
  …que, para completar as aberrações de uma Páscoa, que não tem nada de cristã, apareça um tal “ovo de páscoa”. Afinal, coelhos botam ovos?
  …que as igrejas ditas cristãs não deem a necessária ênfase ao fato de que, assim como a morte do Senhor Jesus Cristo deve ser alvo de nossa gratidão todos os dias, o poder de sua ressurreição deve ser vivenciado por nós continuamente. É lamentabilíssimo que muitos cristãos não deixem fluir em suas vidas o poder que emana do sepulcro vazio.